Líder do PMDB na Câmara nega desconforto com Planalto no caso das emendas impositivas
O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (7) que não há desconforto com o Palácio do Planalto e a presidente Dilma Rousseff para a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que torna obrigatória a execução financeira de emendas parlamentares.
A proposta foi aprovada na noite de ontem pela comissão especial criada para analisar o projeto. A expectativa é que o texto seja votado no plenário da Câmara nesta quarta.
O Palácio do Planalto vê com preocupação a aprovação, que afetaria diretamente o regime de liberação de verbas aos parlamentares, usado por Dilma como moeda de troca para votações importantes no Legislativo.
Cunha participou de uma reunião na manhã desta quarta com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Alan Marques-18.fev.13/Folhapress | ||
Deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Camara dos Deputados |
Segundo ele, não foi tratadas entre eles questões relativas à votação da PEC. Ele disse, contudo, que a aprovação da proposta seria boa para a imagem do Congresso porque os parlamentares se "livrariam" da "pecha" de serem "comprados" pelo governo.
"Eu não vejo nesse Orçamento impositivo nada que atrapalhe o Orçamento ou o governo. É bom para o país, é bom para o Parlamento. Faz com que o Parlamento fique livre da pecha de cada vez que é liberada uma emenda, que o parlamento está sendo comprado", disse.
Ele negou que a proposta tenha impacto direto no Orçamento "porque o Orçamento é aquele que é aprovado e nunca essa liberação foi inferior a isso". Também disse que o PMDB, principal patrocinador do projeto na Câmara, esteja colocando uma "faca no pescoço" de Dilma.
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