Policiais entram em confronto com manifestantes na porta da delegacia no Rio
Depois de se enfrentarem na porta do Palácio Guanabara, policiais e manifestantes entraram em confronto novamente nesta quarta-feira (14) na frente da 9ª DP, no Catete, bairro vizinho à sede do governo do Rio. Por volta das 22h, policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra cerca de cem manifestantes, que aguardavam a liberação de detidos no protesto realizado mais cedo. A Polícia Civil decidiu abrir inquérito para investigar a atuação da Polícia Militar em frente à delegacia do Catete.
Dos 29 detidos na ocasião, três permaneciam na delegacia por volta das 23h --os outros já haviam sido liberados.
O conflito teve início quando os manifestantes tentaram libertar um homem, detido numa operação que não tinha nenhuma ligação com as manifestações. Os policiais militares que estavam no entorno da delegacia reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo.
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Uma delas caiu dentro da delegacia, estilhaçando a porta de vidro da entrada. Policiais civis, lacrimejando por causa da bomba, saíram em busca do responsável pelo "tiro". Houve um início de discussão com PMs.
Pouco depois, policias do Core, a chamada tropa de elite da polícia civil, chegaram fortemente armados, com a incumbência de descobrir o responsável por jogar a bomba dentro da delegacia.
Minutos antes da tentativa de libertar o preso, um carro da Polícia Civil foi atingido por uma bomba caseira que deixou um buraco no assento do veículo. Manifestantes acusam agentes infiltrados da polícia de terem jogado a bomba; PMs dizem que foram os próprios manifestantes.
SUMIÇO DE AMARILDO
Os recorrentes protestos no Rio vêm exigindo saber o que aconteceu com Amarildo Dias de Souza, o ajudante de pedreiro e morador da comunidade da Rocinha que desapareceu em 14 de julho, no Rio de Janeiro. Amarildo foi visto pela última vez sendo levado por recrutas da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) à sede da unidade, no alto da favela.
As câmeras de segurança localizadas diante da sede da UPP estavam queimadas no dia em que o assistente de pedreiro foi levado. Também não funcionava o GPS do carro policial usado para transportá-lo. A família de Amarildo diz acreditar que ele está morto.
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