Após quase seis horas, professores desocupam prefeitura do Rio
Aos gritos de "educação na rua, prefeito a culpa é sua" e "ocupar, resistir, lutar para garantir", 47 professores deixaram o prédio da prefeitura do Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (20).
A ocupação começou por volta das 15h e terminou às 20h20 sem que houvesse tumulto ou depredações por parte dos manifestantes. Um grupo de professores grevistas ocupou o 13º andar, onde fica o gabinete do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O grupo reivindicava inicialmente uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Melo. Professores pediram a retirada da pauta da Câmara Municipal do projeto de lei 442, que cria um plano de cargos e salários na educação do município. A categoria não aceitou os termos propostos pelo executivo.
A invasão ao prédio ocorreu após uma passeata no centro do Rio da categoria que desde 8 de agosto negocia melhoras salariais e de condições de trabalho. A greve foi suspensa na semana passada. Nesta sexta-feira, uma assembleia do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) decidiu pela volta da greve.
Os professores conseguiram marcar uma reunião para a próxima segunda-feira com o secretário, um dia antes do projeto de lei ser votado pelo parlamento municipal. Durante a ocupação, no entanto, os professores exigiram a presença do prefeito na reunião de segunda-feira. Paes não teria sido localizado e os professores disseram que manteriam a ocupação durante o final de semana.
De acordo com o tenente-coronel Ronal Santana, do 4º Batalhão da PM, às 19h10 o ultimato foi dado aos ocupantes. O policial foi o responsável por mediar a negociação entre os professores e o comando da Guarda Municipal.
Um grupo de guardas municipais equipados com escudos, capacetes e cassetetes se posicionou no 13º andar do prédio para retirar os manifestantes. De acordo com professores que estavam na ocupação, a luz do pavimento e o ar-condicionado foram cortados.
Às 20hs os ocupantes decidiram deixar o prédio. Eles foram recebidos com festa com professores que estavam do lado de fora.
A Folha tentou contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio, mas ninguém atendia nos telefones disponíveis até a publicação desta reportagem.
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