Câmara do Rio pede ajuda da PM para retirar professores que ocupam plenário
Sem conseguir retirar os profissionais da rede de educação que permanecem desde quinta-feira (26) no plenário da Câmara Municipal do Rio, a mesa diretora da Câmara enviou neste sábado (28) ofício ao comandante-geral da Polícia Militar pedindo ajuda para desocupar o local.
Até por volta das 21h, a PM não havia se pronunciado se recebeu o documento e se pretende agir para retirar os manifestantes. Na porta da Câmara, policiais observam o protesto, enquanto os manifestantes revezam palavras de ordem com música.
Contra tudo, ativistas acampam há 52 dias em frente à Câmara do Rio
Moradores de rua aderem a movimento de ativistas em frente à Câmara do Rio
A Polícia Militar havia pedido que o grupo deixasse o local na noite de sexta, mas eles se recusaram, informaram representantes do sindicato da categoria (Sepe).
Os servidores querem impedir a votação de um plano de cargos e salários da categoria, que está na pauta da Casa.
Eles afirmam que o mandado de reintegração de posse, que foi lido ontem pela PM, na tentativa de acabar com a ocupação, era referente ao dia 20 de agosto. Eles foram orientados por representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a manterem a ocupação.
O documento teria sido usado para retirar manifestantes que ocupavam na época a Câmara em protesto contra a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) referente aos contratos das empresas de ônibus da cidade.
De acordo com a assessoria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, um novo documento não seria necessário, alegando que possui "auto-executoriedade e poder de polícia para assegurar, como determina a Constituição Federal, seu livre funcionamento", informou em nota.
Na mesma nota, a Câmara afirma que nas quatro vezes em que a Câmara foi invadida, tentou agir "visando esgotar o diálogo democrático", e que a atual ocupação não é mais pacífica, e teria "clara intenção de impedir o funcionamento da Casa".
De acordo com Marta Moraes, coordenadora-geral do Sepe, 300 profissionais estão no local. Ontem, eram cerca de 50 pessoas. A reportagem não pôde entrar no local para verificar o número.
O portão de entrada está fechado com um cadeado e quem deixa a Câmara não consegue retornar. Pessoas que apoiam a manifestação passam alimentos para os manifestantes pelas janelas da Casa.
Segundo Marta, a intenção é manter a ocupação até ao menos terça-feira (1º), quando haverá nova sessão da votação.
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