Genoino permanecerá internado em hospital de Brasília; laudo é sigiloso
O ex-presidente do PT e deputado federal licenciado José Genoino, 67, permanecerá internado para observação no IC-DF (Instituto de Cardiologia do Distrito Federal), em Brasília.
O último boletim médico divulgado pelo hospital, no início da noite deste sábado (23), informa que nas últimas 24 horas o "paciente evoluiu com melhora dos parâmetros de coagulação sanguínea, porém ainda manteve picos hipertensivos". Segundo o hospital, as doses dos medicamentos administrados para tratamento arterial foram ajustadas.
O IC-DF informou ainda que a junta médica formada por cinco cardiologistas do Hospital Universitário de Brasília e da Faculdade de Medicina da UnB (Universidade de Brasília) avaliou Genoino das 14h às 16h30. Inicialmente, o hospital havia informado que a avaliação tinha terminado por volta das 15h30.
De acordo com o chefe da junta médica, Luiz Fernando Junqueira Júnior, o laudo que será enviado ao Supremo Tribunal Federal é sigiloso e os médicos não divulgarão o seu conteúdo. Ainda não há prazo para o envio do documento.
A junta, formada por determinação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, chegou ao hospital no início da tarde. O petista sofre de problemas cardíacos e passou por um procedimento cirúrgico em julho. O ex-presidente do PT foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa --por 9 votos a 1--, e a 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha --por 6 a 4-- por envolvimento no esquema do mensalão.
No final da tarde deste sábado, o deputado federal Renato Simões (PT-SP), suplente de Genoino, esteve no IC- DF para visitar o parlamentar. Simões afirmou que Genoino está "confiante" de que o laudo da junta médica que o avaliou hoje "comprovará o seu pleito de prisão domiciliar". Condenado no processo do mensalão, Genoino afirmou também, segundo Simões, que espera que a junta médica conclua o seu trabalho rapidamente e que a decisão do Supremo Tribunal Federal lhe seja favorável.
Barbosa vai decidir o local onde o deputado cumprirá sua pena com base no relatório dos médicos. Genoino está preso desde o dia 15 de novembro em Brasília, e na última quinta-feira (21), o deputado deixou o Complexo Penitenciário da Papuda depois que seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, pediu ao STF que ele ficasse em prisão domiciliar por questões de saúde.
O presidente do STF permitiu que Genoino se trate em casa ou em um hospital até que a junta médica divulgue um parecer sobre o seu quadro de saúde. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que Genoino continuará a receber o salário de deputado --no valor de R$ 26,7 mil-- porque está de licença médica.
Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress | ||
INTERNAÇÃO
Segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, dentro do presídio Genoino não pode recebe os cuidados médicos que necessita. Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) produzido na terça-feira (19) atestou a gravidade do estado de saúde do ex-presidente do PT.
Na quinta-feira (21), Genoino passou mal e foi internado com um princípio de infarto no IC-DF. Laudo médico divulgado na sexta-feira (22) informou que Genoino teve uma crise de pressão alta e alteração de coagulação. No mesmo dia, Babosa autorizou o deputado petista a se tratar em casa ou no hospital até que fosse divulgado o parecer da junta médica.
Na quarta-feira (20), Genoino já havia passado mal durante a noite. Segundo seu advogado, Genoino teve que ser atendido dentro do presídio da Papuda. O ex-presidente do PT, que está na ala reservada aos presos do regime semiaberto, fez um eletrocardiograma que demonstrou "alterações".
CASSAÇÃO E APOSENTADORIA
Após ação do PT, a cúpula da Câmara dos Deputados decidiu na manhã de quinta-feira (21) adiar para a próxima semana a decisão sobre o que fazer com o mandato do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), preso desde a última sexta-feira (15) devido à sua condenação no processo do mensalão.
Um dos integrantes do partido na Mesa Diretora, o vice-presidente da Casa, André Vargas (PR), pediu vistas do caso, adiando a definição para a semana que vem. "Há uma insuficiência absoluta dos dados para dar conta de uma caso especialíssimo como esse", afirmou Vargas, se referindo à comunicação genérica enviada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) à Câmara.
Numa ação casada com o PT para impedir a abertura de seu processo de cassação, o deputado licenciado José Genoino (PT-SP), preso do mensalão, pediu para a Câmara antecipar a avaliação médica que vai decidir sobre seu pedido de aposentadoria por invalidez.
Editoria Arte/Folhapress | ||
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