Governo Federal é irresponsável com segurança pública, diz Aécio
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato dos tucanos à Presidência da República, criticou na tarde desta quinta-feira (16) a política de segurança pública do governo federal. Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), com quem almoçou no Palácio dos Bandeirantes, o mineiro disse que o governo Dilma Rousseff (PT) "empurra para os ombros dos estados" os problemas da área, numa postura "absolutamente irresponsável".
Sem fazer menção direta ao caso da rebelião no presídio de Pedrinhas (MA), que culminou com dezenas de mortes, Aécio disse que o governo não investe o que deveria em segurança prisional e que 87% dos gastos com a área saem dos bolsos de estados e municípios.
"Historicamente nós temos um governo que lava as mãos, que empurra a responsabilidade para os ombros dos estados" disse Aécio.
ROLEZINHO
Questionado sobre o fenômeno dos rolezinhos, Aécio disse que "os rolês" ainda não se tratam de um caso de segurança. "É um fenômeno natural, como muitos que ainda teremos".
Embora tenha sido o principal assunto do encontro, Alckmin e Aécio evitaram falar publicamente sobre alianças. O governador despistou quando perguntado sobre o impasse com o PSB, do pernambucano Eduardo Campos. O partido hoje tem cargo no governo paulista, mas ameaça romper o acordo com Alckmin para contemplar a ex-senadora Marina Silva, cotada para ser vice da chapa de Campos na disputa presidencial.
Já o senador afirmou que o PSB terá "candidaturas competitivas", com tucanos ou aliados na cabeça de chapa, em cerca de 20 estados. Ele ainda alfinetou integrantes do PSB que o criticaram por ter dito que, se optar por obedecer o veto de Marina Silva a alianças em alguns estados, o PSB será o maior prejudicado.
"A minha interlocução com o PSB é feita prioritariamente com o presidente do partido, o governador Eduardo Campos. Minha relação com ele precede candidaturas", afirmou.
HUMOR
Excessivamente cauteloso ao tratar do assunto, Alckmin sequer quis confirmar sua própria candidatura à reeleição. Aécio disse, então, que o paulista poderia ser candidato "a presidente". "Presidente do Santos", concluiu Alckmin, que torce para o time paulista.
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