Fausto De Sanctis autoriza 'home-office' para servidores de seu gabinete
O desembargador Fausto De Sanctis autorizou que funcionários de seu gabinete trabalhem de casa —o chamado "home office". O magistrado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região tomou a decisão na última terça-feira (4).
Segundo a decisão, a prática é facultativa. No máximo quatro funcionários poderão trabalhar de casa por vez. Eles devem comparecer ao gabinete pelo menos uma vez por semana e vão precisar cumprir metas 15% maiores que a dos outros servidores. Atualmente o gabinete tem 17 funcionários.
A medida é válida por três meses e pode ser renovada por mais três. Depois disso, o projeto será reavaliado.
Avener Prado - 22.mai.2013/Folhapress | ||
O desembargador Fausto De Sanctis |
'HOME OFFICE'
O uso do "home office" no judiciário ganhou força em janeiro, depois que o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, anunciou a implementação do sistema. No caso, os funcionários podem trabalhar de casa duas vezes por semana. O projeto é experimental.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região também tem experiência semelhante, na qual 30% dos servidores podem trabalhar de casa.
O TJ do Mato Grosso do Sul e o do Distrito Federal também estudam adotar o modelo. O Tribunal Superior do Trabalho já adotou a medida há dois anos. Os servidores devem comparecer quinzenalmente ao tribunal e, também, precisam cumprir uma meta 15% maior.
FAUSTO DE SANCTIS
Fausto De Sanctis ficou conhecido por sua atuação na Operação Satiagraha, expressão em sânscrito que significa "busca da verdade", da Polícia Federal, ao determinar por duas vezes a prisão do dono do Opportunity, Daniel Dantas, e outros 23 envolvidos, mas depois foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça por causa de ilegalidades cometidas nas investigações. O caso aconteceu em 2008.
O banqueiro também foi condenado pelo juiz a dez anos de prisão em um dos processos relativos ao caso. Dantas recorreu e a decisão acabou anulada pelo STJ. De Sanctis foi promovido para juiz federal de 2º grau, também chamado de desembargador, em 2011.
Recentemente, o jornalista Rubens Valente, da Folha, escreveu o livro "Operação Banqueiro" no qual oferece um relato minucioso do caso e uma visão crítica da atuação de autoridades que impediram que ela avançasse.
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