Ex-diretor da Petrobras preso deve ser transferido amanhã
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deverá ser transferido nesta segunda-feira (28) para um presídio comum na região metropolitana de Curitiba.
Costa foi preso no mês passado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fornecedores da Petrobras. Desde então, ele está preso na carceragem da PF, na capital paranaense.
Na sexta-feira, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou a transferência de Costa para um presídio comum.
A decisão ocorreu após Costa afirmar, por meio de seu advogado, Fernando Fernandes, que um agente da PF ameaçou transferi-lo para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
Fernandes criticou a determinação pela transferência e afirma que o magistrado "tornou real" a ameaça da PF relatada por Costa. A reportagem não conseguiu contato com o juiz Sérgio Moro. Na sexta-feira (25), ele disse que não iria se manifestar.
A Polícia Federal no Paraná informou que vai transferir Costa para a penitenciária estadual de Piraquara (PR) até o fim do dia nesta segunda-feira (28).
Ele é réu em uma ação penal e responderá pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, sob suspeita de ter desviado recursos públicos da refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco pela Petrobras.
AMEAÇA
Na semana passada, Paulo Roberto Costa afirmou, por meio de seu advogado, que um agente da Polícia Federal ameaçou transferi-lo da carceragem da PF em Curitiba para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
Ele descreveu a ameaça em um bilhete, que foi fotografado por seu advogado. Segundo o texto de Costa, o agente da PF disse ao réu que ele "estava criando muita confusão" pois o advogado dele pediu à Justiça autorização para tomar banho e caminhar no último feriado.
Costa ainda relatou no manuscrito que o agente afirmou a ele que o requerimento do advogado seria "um tiro no pé" e poderia levar à transferência para Catanduvas. A Polícia Federal informou que abriu investigações para apurar as supostas ameaças.
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