Motoristas e cobradores decidem manter greve de ônibus em São Luís
Motoristas e cobradores de ônibus em São Luís (MA) decidiram, após mais uma rodada de negociações nesta terça-feira (27), manter a greve que já dura seis dias.
A paralisação afeta 100% da frota de veículos da capital e prejudica cerca de 750 mil passageiros.
Segundo Gilson Coimbra, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, a categoria até reduziu o percentual do reajuste salarial reivindicado de 16% para 11%, mas não obteve sucesso junto aos representantes das empresas de ônibus da capital.
"Nós também abaixamos o valor do tíquete-alimentação de R$ 500 para R$ 402, mas os representantes das empresas preferiram deixar a decisão para amanhã", afirmou Coimbra.
Uma nova reunião será realizada nesta quarta-feira (28) para definir os rumos da greve. O encontro será realizado na sede da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte. Devem participar os representantes do sindicato dos trabalhadores, da entidade que representa as empresas, da prefeitura e do Ministério Público.
Até segunda-feira (26), 70% da frota circulava na capital maranhense. A categoria resolveu radicalizar o movimento com a justificativa de que não houve nenhum avanço nas negociações.
De acordo com o sindicato que representa as empresas de ônibus, não é possível conceder reajuste salarial porque o setor tem um prejuízo mensal de R$ 7,5 milhões e o deficit na tarifa é de 33%.
"Há dez anos não é feito um reajuste consistente na tarifa", diz Luís Claudio Siqueira, presidente do sindicato patronal. "Como assumir um reajuste salarial, seja qual for a porcentagem, mesmo os rodoviários merecendo o aumento?", questiona.
Em São Luís, a tarifa de ônibus tem valor que varia de R$ 1,30 a R$ 2,10, de acordo com a distância do centro.
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