Marcos Valério desembarca em BH e vai à sede da PF
Samuel Costa/Jornal Hoje em dia/Folhapress | ||
O empresário Marcos Valério de Souza chega ao aeroporto de Confins, em Minas Gerais |
O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a 37 anos e cinco meses no processo do mensalão do PT, chegou a Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira (28) e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais.
O órgão da PF se encarregou dos procedimentos burocráticos antes de ele ser entregue ao sistema carcerário mineiro. Por volta das 14h, Marcos Valério chegou à penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de BH).
Ele estava algemado e chegou ao presídio num veículo do sistema prisional mineiro escoltado por outro. De manhã, Valério, que vestia calça e camiseta brancas, fez exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
Segundo a Secretaria de Defesa Social, na penitenciária de Contagem, o operador do mensalão petista passará pelos procedimentos de revista, será informado das regras de segurança, passará por entrevistas com profissionais das áreas de assistência social e psicologia e vestirá o uniforme do local –calça e blusa vermelhas e chinelo de dedo.
Valério ficará preso em uma cela individual de 6m2, com cama de alvenaria com colchão, vaso sanitário, pia com torneira e chuveiro, e será vizinho do ex-goleiro Bruno na penitenciária. Além disso, é direito dos presos terem TV e rádio fornecidos pelos parentes.
As visitas são quinzenais, alternadas entre sociais e íntimas. Valério está separado de Renilda Souza, a mãe de seus filhos, embora ainda casados judicialmente. Desde o ano passado, ele namorava Aline Couto, então com 21 anos. Após a prisão de Valério, a polícia foi chamada por Renilda porque as duas mulheres estavam brigando sobre a posse da fazenda do publicitário na Grande BH.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
LOTAÇÃO
Presídio de segurança máxima, a penitenciária Nelson Hungria tem capacidade para 1.664 presos, mas atualmente tem cerca de 1.900, segundo a secretaria.
Entre os seus presos estão outros dois condenados no processo do mensalão do PT: os ex-dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. Eles também ocupam celas individuais desde o ano passado.
O advogado deles, Maurício Campos Júnior, disse que a estrutura física da penitenciária Nelson Hungria "é pior, mais deteriorada" do que o presídio da Papuda. A vantagem, para ele, é que os presos ficam perto da família.
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