Máquinas são retiradas de obra incompleta durante visita de Dilma
Máquinas, entulhos e operários foram retirados de um canteiro de obras de mobilidade em Porto Alegre durante visita da presidente Dilma Rousseff na manhã deste sábado (7).
A presidente visitou as obras do viaduto Pinheiro Borda, nas proximidades do estádio Beira-Rio, que receberá jogos durante a Copa do Mundo.
Reportagem da Folha mostrou que as obras ainda estão inacabadas. Na tarde de sexta (6), dezenas de operários, caminhões-basculantes e escavadeiras trabalhavam no local. Neste sábado, as obras ainda estavam incompletas durante a visita da presidente.
Felipe Bächtold/Folhapress | ||
Dilma visita obras do viaduto Pinheiro Borda, próximo ao Beira-Rio, em Porto Alegre |
A estrutura física do viaduto está finalizada, mas faltam a construção de canteiros e calçadas e adequação da sinalização.
Um grande volume de terra que permanecia espalhado na saída da via elevada na sexta foi retirado para a visita da presidente neste sábado.
O tráfego deverá ser liberado ainda hoje, mas apenas nas pistas elevadas. A parte de baixo da estrutura continua em obras.
Durante a vistoria de Dilma, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), afirmou que se tratava apenas de uma visita, e que a inauguração de fato da obra será realizada na próxima semana, antes da estreia do Mundial, que será na quinta-feira (12).
Felipe Bächtold/Folhapress | ||
Obras no viaduto Pinheiro Borda, em Porto Alegre, um dia antes da visita da presidente Dilma Rousseff |
O viaduto Pinheiro Borda, projetado para facilitar o tráfego entre o centro e a zona sul da cidade, se tornou uma das poucas obras da capital gaúcha inauguradas antes do Mundial. O município decidiu tirar do pacote para a Copa uma série de projetos, como corredores de ônibus, viadutos e duplicações.
Durante a visita, Dilma também visitou obras das avenidas ao lado do Beira-Rio. A reforma da Padre Cacique, em frente ao estádio, também atrasou, e o trânsito está interrompido.
VAIAS PARA TUCANO
Após a passagem pelo viaduto, Dilma foi a São Leopoldo, na região metropolitana, para a inauguração de uma fábrica de semicondutores (componentes usados em eletrônicos) construída por meio de uma parceria entre uma empresa brasileira e outra coreana.
No evento, parte da plateia vaiou em dois momentos o prefeito de São Leopoldo, Anibal Moacir da Silva, que é do PSDB.
Estudantes e integrantes de um movimento de sem-teto estavam na plateia. Silva pediu em discurso ajuda a Dilma para implantar uma faculdade de medicina no município. Após as vaias, o ex-governador petista Olívio Dutra, que será candidato ao Senado em outubro, foi ovacionado pelo público.
Em discurso, Dilma defendeu parcerias para o setor de tecnologia e disse que o país precisa de empregos "cada vez mais qualificados".
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade