Moradores de rua queimam bonecos de Alckmin e Haddad em ato em SP
Um grupo de manifestantes queimou dois bonecos com as imagens do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), na tarde desta segunda-feira (16), na região central de São Paulo.
Os bonecos foram queimados na praça Julio Prestes durante um protesto contra a violência aos moradores de rua que reuniu em torno de 50 pessoas, segundo os organizadores. Eles dizem que policiais e guardas civis estão expulsando pessoas que moram embaixo de viadutos e praças na região central por causa da Copa do Mundo.
O ajudante geral Valderi José, 33, disse que foi expulso do vale do Anhangabaú um dia antes de ocorrer a Fan Fest –festa oficial da Fifa– no local. "Era umas 21h quando quatro homens da GCM (Guarda Civil Metropolitana) chegaram nos chutando e falando para a gente sumir. Eles disseram que no dia seguinte não era para a gente ficar andando com cobertores nos ombros porque teriam muitas câmeras e gringos nas ruas."
O padre Julio Lancelotti, líder da Pastoral da Rua, afirmou que os moradores de rua estão sendo ameaçados por guardas civis nas últimas semanas. "Eles tiram as pessoas do centro e de vias que fazem parte da rota da Copa, como a Radial Leste", disse.
Segundo ele, no dia 30 de maio, policiais militares e guardas civis retiraram famílias que moravam em barracos na Radial Leste e atearam fogo nas casas. Ele disse que a ação foi durante a madrugada e quatro pessoas foram presas.
Procuradas, a Polícia Militar e a GCM não comentaram a reportagem até a noite desta quinta.
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