Temer diz que se deve 'acabar com a besteira' de que PT governa só para os pobres
O vice-presidente Michel Temer afirmou neste sábado (21), durante a convenção nacional do PT, que a presidente Dilma Rousseff governa não apenas para os pobres, mas também para as classes A e B. Numa tentativa de amenizar um discurso de conflito de classes perpetrado por algumas alas do arco de alianças para a candidatura dilmista, disse que ela e Lula "governaram para todo o país".
"Eu quero dizer um fato que passou desapercebido: muitas vezes nos jactamos do fato de que levamos quase 40 milhões, que tiramos da extrema pobreza (...). Mas é curioso: a senhora e o Lula governaram para todo o país. Quando falamos dessa ascensão social, não foram só eles que cresceram. Em todas as classes houve ascensão social", disse.
Ele destacou que as classes A e B passara de 7,6% para 12,5% e disse: "vamos acabar com essa besteira que o governo Dilma e o governo Lula trabalharam apenas para um setor".
Temer enfatizou que o governo "deu certo" por conta do "dinamismo" de ambos. Disse que o sucesso é fruto de uma "aliança capaz de empolgar o nosso país".
"Uma aliança que agora dará um grande espaço na TV. Todos dizem que nós teremos um largo período de fala na televisão (...), mas o tempo que nós tivermos será pouco para dizer tudo o que a presidente Dilma fez pelo país", disse o vice-presidente.
O peemedebista será aclamado na convenção nacional novamente candidato à Vice-Presidência na chapa encabeçada por Dilma. Antes dele, que fez um discurso de menos de dez minutos, falou também o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que fez ataques à oposição e à mídia.
MUDANÇA
Segundo auxiliares de Dilma, o tom do discurso da presidente será de "mudança com continuidade", sob o argumento de que a transformação começou em 2003.
As realizações dos últimos quatro anos devem ser exaltadas, sempre inserindo o período no contexto dos "12 anos petistas", sem quebrar o elo com Lula.
O PT irá argumentar que a mudança defendida pelos principais candidatos de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), representa retrocesso, com ameaça a programas sociais e ao valor do salário mínimo.
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