Pra gringo ver: Do outro lado do mundo
A rede estatal CCTV penou para achar torcedores chineses no Brasil. Mas a agência Xinhua, via jornais estatais como "Diário do Povo" e "Global Times", destacou a "Febre de Copa, ao estilo da China".
Abrindo o texto, "Apesar de ter uma seleção risível de tão ruim, os chineses estão ficando acordados para ver a Copa à noite, do outro lado do mundo". Citou as compras de "atestado médico" no maior portal chinês de comércio eletrônico e pelo menos três mortes de torcedores diante do televisor.
A seleção chinesa não se classificou para a Copa, mas a sua "indústria marcou gol", apontou título do "Wall Street Journal", listando produtos na Copa, a começar da bola. Observou que com a China é assim, "primeiro mostra sua economia", depois avança.
Na mesma linha, em longa análise, a "Forbes" lembra o projeto do presidente Xi Jinping de sediar a Copa e aposta que a China vai tirar a de 2022 do Qatar.
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NEGÓCIOS
Os abusos policiais contra midiativistas ecoam por sites mais engajados no exterior e o "Common Dreams" destaca, em artigo de especialista americana, que a repressão é "indústria em explosão no Brasil", com fabricantes como a carioca Condor Nonlethal Technologies (acima)
Milagre
Abrindo reportagem em que detalha como "a catástrofe não aconteceu" nos estádios e ruas do país, o francês "Le Monde" ironiza: "Vamos chamar de milagre brasileiro". No título, "A improvisação à brasileira se revela à altura do torneio".
Apocalipse
No espanhol "El País", o evento "transcorre melhor do que o esperado", distante das previsões de "uma espécie de apocalipse brasileiro". No enunciado, "Não era para tanto".
Superação
De Salvador, sob o título "Expectativas superadas", a "Economist" elogia o estádio e até o metrô. Diz que "os brasileiros estão visivelmente orgulhosos que seu país até aqui esteve à altura do desafio de sediar o torneio". Observa porém, referindo-se à eleição presidencial, que "isso não é mais o bastante".
Fracasso
No "Miami Herald", o colunista Andres Oppenheimer diz que a "Copa foi um fracasso para o Brasil" porque a presidente Dilma Rousseff perdeu a "oportunidade de ouro" de apresentar o país como a "potência tecnológica emergente" de iniciativas como Embrapa, o programa Ciência Sem Fronteiras e até seu "inovador" Plano Nacional de Educação, recém-aprovado.
Livraria da Folha
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