Propaganda eleitoral de Dilma terá homenagem a Campos
A propaganda eleitoral de Dilma Rousseff, que começa no próximo dia 19 de agosto, terá uma homenagem ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), que morreu nesta quarta-feira (13) em um acidente aéreo. Segundo a Folha apurou, será ''uma breve citação'' a Campos, que era candidato à Presidência pelo PSB.
Campos morreu na manhã desta quarta quando o avião em que estava com assessores caiu sobre uma área residencial no bairro do Boqueirão, em Santos (litoral de SP).
A homenagem deverá ser feita pelo ex-presidente Lula, que era amigo de Campos, mas ainda não foi definido o modelo. O petista e Campos mantinham relação de respeito embora Campos tivesse decidido disputar a eleição presidencial neste ano contra o PT.
Lula estava em São Paulo gravando para a propaganda eleitoral quando soube do acidente. Ele falou com a presidente Dilma, que teve informações em primeira mão.
Bastante abalado, ele tentava informações sobre se Renata, esposa de Campos, estava no voo. Demonstrou alívio com a negativa e tentou contato com Renata, mas não a localizou naquele momento. Devido ao acidente, ele parou as gravações e cancelou toda a agenda.
Nesta quarta, Dilma fez um pronunciamento emocionada para comentar a morte de Campos. A presidente reconheceu que tinha divergências com Campos, mas ressaltou que sempre manteve uma relação de relação afetuosa e de respeito mutuo.
"Quero dizer que hoje o Brasil está de luto e sentido, com uma morte que tirou a vida de um jovem político, promissor e esse fato entristeceu todos os brasileiros e brasileiras", afirmou.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ACIDENTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.
Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.
Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.
O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.
Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade