Bombeiros param buscas e moradores poderão voltar para casa em Santos
As equipes do Corpo de Bombeiros encerraram temporariamente as buscas por partes dos corpos dos passageiros do jatinho que levava o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em Santos (SP). Os trabalhos serão retomados na sexta-feira (15), às 7h.
Na noite desta quinta-feira (14), os bombeiros se concentraram em um bambuzal que fica no fundo do terreno onde o avião caiu.
Dez bombeiros trabalharam nas buscas, prejudicadas pelos bambus, disse o capitão dos bombeiros Marcos Palumbo. A área tem cerca de 10 metros quadrados.
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) emitiu nesta noite um laudo sobre os dez imóveis afetados pela queda do avião. Entre eles, há três prédios com 36 apartamentos no total, quatro casas, uma escola, uma academia e uma clínica veterinária.
A Prefeitura de Santos informou que somente a academia e um bloco de quatro apartamentos de um prédio na rua Vahia de Abreu continuarão interditados por tempo indeterminado.
Os proprietários desses imóveis serão notificados para apresentar um plano de recuperação que deve ser aprovado pela prefeitura. Só depois que a reforma for executada eles poderão voltar para casa.
Cinquenta moradores haviam sido retirados de casa após o acidente. Durante esta noite e madrugada, a Defesa Civil irá acompanhar a volta para casa dos moradores dos imóveis que foram liberados.
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ACIDENTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.
Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.
Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.
O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.
Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.
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