Marina se reúne com ruralistas e enfrenta pequeno protesto no RS
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, se reuniu com líderes ruralistas em uma feira agropecuária no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (4) e enfrentou um pequeno protesto de um grupo que critica suas ideias sobre homossexuais.
A reunião, com dirigentes da federação da agricultura do Rio Grande do Sul, durou cerca de uma hora e foi feita a portas fechadas. Marina disse que os ruralistas fizeram reivindicações sobre problemas como infraestrutura e pediram "segurança jurídica".
A feira Expointer, em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, é uma das principais do país no setor. Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) também visitarão o evento nesta semana.
Marina disse que não foi uma reunião para "quebrar resistência" do setor, mas para "construir uma convergência".
Ao se dirigir para uma entrevista dentro do parque onde ocorre o evento, um grupo de cinco pessoas estendeu uma faixa que dizia "defesa dos homossexuais". Duas mulheres gritaram "fundamentalista" e "homofóbica" para a candidata.
A faixa era assinada pelo Sindicato dos Bancários, ligado à CUT, central sindical próxima do PT.
Questionada em entrevista sobre o episódio, ela disse que prefere "sofrer uma injustiça" do que "praticar uma injustiça".
"Para face de algumas mentiras que estão sendo ditas contra mim, [vou dar] a face da verdade", disse.
A seguir, ela comparou a situação que vive com a resistência que havia com Luiz Inácio Lula da Silva antes de ele assumir a Presidência, em 2003.
ATAQUES E COMPARAÇÃO COM LULA
Marina também se comparou a Lula ao comentar ataques que vem sofrendo na campanha. "Essa história de medo eu vi durante 30 anos as pessoas fazerem com o Lula. Eu dizia, acreditava e acredito que a esperança vence o medo e não adianta ressuscitá-lo."
A candidata também sugeriu lançar uma "campanha pela limpeza da campanha" na internet.
A ex-ministra do Meio Ambiente negou ter mudado de opinião sobre a Lei da Anistia –em artigo de 2008 na Folha, ela afirmara que "tortura é crime hediondo" sobre o qual não cabia "o manto da Lei de Anistia".
"Há uma Lei da Anistia que foi feita e que pressupõe que tanto os que participaram da guerrilha quanto os que participaram da repressão aos movimentos sociais estão anistiados. Esse princípio eu nunca critiquei. O que eu tenho dito é que é preciso que a verdade venha à tona. Isso, sim, faz parte do meu artigo", afirmou.
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