Em 3º, ex-ministra do PT patina no Paraná e aumenta críticas a tucano
Uma das principais apostas do PT no país para esta eleição, a ex-ministra Gleisi Hoffmann, candidata ao governo do Paraná, patina em terceiro lugar nas pesquisas e prepara um "intensivo" para tentar decolar na reta final.
A petista elevou o tom das críticas ao governador Beto Richa (PSDB), reforçou as imagens de Lula e Dilma na campanha e fará um ato simultâneo em 32 cidades para animar a militância.
Com 10% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha desta semana, Gleisi está atrás de Richa (44%) e de e do ex-governador Roberto Requião (PMDB), com 28%.
Estelita Hass Carazzai-1°.fev.2014/Folhapress | ||
Gleisi Hoffmann durante evento em Quarto Centenário (PR) em fevereiro, quando ainda era ministra |
Integrantes da própria campanha reconhecem que a ex-ministra da Casa Civil de Dilma "ainda não empolgou". Dizem que "ninguém imaginava" a estagnação.
A campanha da petista é luxuosa. Teve lançamento no maior teatro do Paraná, com Lula e Dilma. Investiu R$ 1,5 milhão até agora em marketing, possui uma equipe numerosa e tem percorrido todas as regiões do Paraná.
Registra, porém, um dos maiores déficits entre os candidatos a governador no país: gastou R$ 6 milhões, mas só arrecadou pouco mais da metade disso (R$ 3,4 milhões).
"Isso preocupa. Não está fácil", diz o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi. De férias desde a semana passada, ele agora se dedica apenas à campanha da petista, rodando pelo interior e tentando fechar novas alianças com prefeitos em apoio à candidata.
O PT ainda enfrenta a resistência do eleitorado paranaense ao partido, que nas últimas duas eleições presidenciais perdeu para os candidatos do PSDB no Paraná.
GUINADA
Nesta semana, Gleisi intensificou a artilharia contra Richa. Acusa o tucano, por exemplo, de se apropriar de programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Lula e Dilma também começaram a aparecer com maior frequência na propaganda eleitoral. Materiais de campanha com a foto dos dois, ao lado de Gleisi, foram distribuídos pelo interior.
A estratégia visa elevar a transferência de votos da presidente para Gleisi, já que Dilma tem 32% das intenções de voto no Paraná e a ex-ministra segue com 10%.
Os paranaenses que declaram voto em Dilma dividem a preferência na disputa local entre Richa (38%) e Requião (32%). Gleisi tem apenas 17% neste grupo.
A candidatura prepara para a militância um ato em 32 cidades do Paraná neste sábado (13). O ritmo de viagens, carreatas e encontros também vai crescer.
A campanha também irá ganhar nesta semana o reforço do diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, que deve percorrer o oeste do Estado em apoio a Gleisi.
"Tudo pode acontecer ainda", diz o coordenador de campanha Leones Dall'Agnol.
A expectativa da coordenação é que a petista consiga arrancar na reta final, quando o eleitor define o voto. "A definição vai ser nas últimas duas semanas", afirma Paulo Bernardo. "Tem muito chão para andar."
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