Para Aécio, notícia que liga campanha de Dilma a esquema é 'assustadora'
O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, qualificou de "assustadora" a reportagem da revista "Veja" que aponta a suspeita de que o ex-ministro Antonio Palocci tenha procurado investigados na operação Lava Jato em busca de recursos para a campanha de 2010 da presidente Dilma Rousseff (PT).
"É uma denúncia extremamente grave. É mais uma. É assustador o que vem acontecendo no Brasil. A cada semana, a cada dia, uma nova denúncia de corrupção, denúncias extremamente graves. É claro que elas precisam ser comprovadas, mas quem diz isso não é a oposição, é o diretor da empresa na sua delação premiada, segundo noticia a revista", afirmou Aécio.
"É preciso que essas investigações possam ir a fundo. Quero reafirmar: eu vou tirar a Petrobras das garras desse grupo político que se apoderou da nossa maior empresa pública para fazer negócios", disse.
O candidato fez campanha na manhã deste sábado (27) nas cidades de Osasco e Carapicuíba, na região metropolitana da São Paulo, acompanhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do ex-jogador da seleção brasileira de futebol Ronaldo.
Também hoje, em campanha em Brasília, Dilma classificou a reportagem de "factoide". "Isso é um factoide da revista ´Veja´, que ela costuma colocar em suas páginas às vésperas da eleição. A minha campanha tinha tesoureiro, o deputado José de Filippi. E foi ele que apresentou as minhas contas para Tribunal Superior Eleitoral, assinou-as, arrecadou-as e teve as contas aprovadas. O resto é factoide pré-eleitoral da revista."
PROCESSO
De acordo com o depoimento de Costa no processo de delação premiada, o pedido de R$ 2 milhões foi feito, segundo a revista, pelo ex-ministro Antonio Palocci, que era um dos coordenadores da campanha de Dilma.
Deflagrada em março pela Polícia Federal, a operação descobriu um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras que envolveu Costa, doleiros e fornecedores da estatal. Segundo a PF, uma "organização criminosa" atuava dentro da empresa.
Em viagem ao exterior, procurado pela Folha, Palocci se manifestou por meio de seu advogado, José Roberto Batochio. O petista diz conhecer Paulo Roberto Costa, por causa do cargo que o ex-diretor ocupou na Petrobras, mas "nega veementemente e repudia essa manobra eleitoreira".
Segundo a revista, Costa não detalhou se a contribuição acabou sendo feita e por quem, mas disse que Palocci não o procurou mais depois disso. A reportagem também afirma que o pedido foi encaminhado ao doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato e que negocia delação premiada. De acordo com a publicação, Costa relatou que os R$ 2 milhões sairiam da "cota do PP" na Petrobras.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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