Depoimento: Esperei por 40 minutos para votar na urna biométrica
É a segunda vez que o cadastro por biometria está sendo utilizado na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, onde moro. Mas neste ano, diferentemente de 2012, houve filas de até 40 minutos em alguns locais de votação. Eu fui uma das pessoas que tiveram esse azar.
Na última eleição, no colégio eleitoral onde estive, não houve longas filas –levando-se em conta, claro, o fato de no último pleito o eleitor votar em apenas dois candidatos (prefeito e vereador). Como dessa vez eram cinco a serem escolhidos (deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente), a demora foi bem maior.
Um dos mesários me disse ser um "milagre" quando consegui logo na primeira tentativa ter a liberação para o voto. Quando a biometria não funcionava, era necessário apresentar o documento (para que a urna fosse liberada) e depois se assinava a ata de votação. Por conta disso as filas em alguns locais foram comuns, mesmo pela manhã –que foi um horário tranquilo para votação em eleições anteriores.
Vários eleitores só conseguiram ser identificados após várias tentativas. Os mesários permitiam que fossem feitas até oito, mas mesmo assim alguns não conseguiam usar efetivamente a nova ferramenta.
Na fila, pude ouvir alguns eleitores reclamando do sistema, pois foram surpreendidos com o tempo de espera. Além disso, apesar da biometria, é indicado que o eleitor ainda leve um documento com foto e também o título para que encontre com mais facilidade a seção eleitoral.
Na cidade, quase 100% dos eleitores dos 275 mil eleitores já estão cadastrados pelo sistema biométrico. Mas para alguns deles, o sistema ainda não funcionou. Meu tio, por exemplo, foi uma das "vítimas": foi cedo votar e enfrentou fila em um dos maiores colégios da cidade. E essa foi a segunda eleição em teve que assinar a ata de votação, pois em 2012 a identificação biométrica também não funcionou para ele.
Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena/Folhapress) | ||
Eleitor faz a leitura biométrica da urna eletrônica no colégio no Batel, em Curitiba |
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