Dilma fala em mudar Constituição e ampliar papel federal na segurança
A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse nesta sexta-feira (17) ser favorável a mudar a Constituição para que o governo federal possa ampliar sua atuação na área da segurança pública, o que segundo a legislação, é de responsabilidade dos Estados.
"Considero que é necessário rever a forma como as atribuições são articuladas. Por isso, eu inclusive estou propondo uma alteração na Constituição no caso da segurança pública", disse a presidente, sem citar o teor das modificações que pretende aprovar e de que forma serão feitas.
Dilma falou sobre o tema após ato político do qual participou em Florianópolis.
Ela voltou a citar como proposta para a segurança a integração entre as polícias adotada durante a Copa do Mundo e prometeu que os centros de controle que operaram durante o Mundial serão instalados nas 27 capitais.
Antes, durante discurso, a questão da segurança também foi abordada. "A União tem que participar de forma integrada com os Estados. O crime age de forma coordenada, não é desintegrado."
Dilma vem sendo criticada nos debates por Aécio Neves (PSDB), que afirma que a União investe pouco no setor.
ATAQUES
A presidente responsabilizou, nesta sexta-feira (17), o adversário Aécio Neves (PSDB) pelo aumento dos ataques pessoais na reta final da campanha eleitoral e disse que foi "levada" a adotar um tom agressivo.
No debate entre os presidenciáveis promovido pelo SBT, portal UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, e rádio Jovem Pan nesta quinta-feira (16), a petista insinuou que o oponente foi apanhado dirigindo "sob álcool e droga" e que beneficiou parentes no governo de Minas Gerais.
O tucano, por sua vez, afirmou que um irmão de Dilma foi funcionário fantasma da Prefeitura de Belo Horizonte quando a capital era administrada pelo PT.
Em entrevista após ato político em Florianópolis, a presidente foi questionada sobre a agressividade nos debates e a decisão da Justiça Eleitoral que suspendeu uma propaganda do PT que acusava Aécio de perseguir jornalistas quando governou Minas.
Questionada se pretendia mudar o rumo da campanha, Dilma respondeu: "Eu não estou tomando este rumo, fui levada a esse rumo. Acredito que os debates seriam melhores se fossem mais propositivos".
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