Foragido da Lava Jato diz que se apresentará à PF na segunda-feira
O último foragido da Justiça da sétima fase da Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, informou hoje (21) ao juiz federal Sergio Moro, por meio de suas advogadas, que deverá se apresentar à Polícia Federal na próxima segunda-feira na sede da Superintendência do Paraná, em Curitiba.
A defesa de Adarico afirmou que ele "não suporta mais as mazelas decorrentes da prisão temporária" decretada pelo juiz. A ordem está sem cumprimento desde a sexta-feira da semana passada (14).
Segundo a petição entregue à Justiça Federal e subscrita pelas advogadas Joyce Rosen, Denise Nunes Garcia, Débora Motta Cardoso e Karen Toscano Mielenhausen, o investigado estava em sua casa no interior de São Paulo desde a decretação da sua prisão, na semana passada, mas não teria sido procurado pela PF.
Para as advogadas, Adarico "vem sendo considerado como 'foragido da justiça', status que por certo não lhe é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência em sua residência na cidade de Registro, SP, para o cumprimento da medida coercitiva".
Nas investigações da Lava Jato, Adarico foi apontado como "encarregado de transporte de valores em espécie" e "subordinado de Alberto Youssef [doleiro]", de acordo com a decisão do juiz Sergio Moro. Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, empresa de fachada dirigida por Youssef, disse que Adarico em determinada ocasião transportou "malas e sacolas" no escritório de Youssef.
"Quanto a Adarico, a representação não apresenta tantas provas, mas além do depoimento acima [de Carlos], o nome dele como responsável pelas entregas de dinheiro é informado em troca de mensagens telemáticas entre Youssef e seus clientes", escreveu o juiz em sua decisão.
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