Avisado de que está na lista de Janot, Lindbergh diz que 'vai para cima'
Avisado de que a Procuradoria-Geral da República teria pedido a abertura de inquérito contra ele na Operação Lava Jato, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou à Folha, nesta quinta-feira (5), que "vai para cima" para tentar provar sua inocência.
O petista foi citado em depoimentos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que está preso e atuou em sua campanha ao governo do Rio em 2014.
"Vou para cima. Vou me defender e fazer o embate político", disse Lindbergh. "Uma coisa é corrupção, outra é doação legal de campanha. Não pode misturar tudo num balaio só".
"Não fui avisado oficialmente de nada, mas estou muito tranquilo. Quem está envolvido com corrupção tem que pagar", acrescentou o senador.
Em 2014, as três maiores doações que Lindbergh declarou à Justiça Eleitoral foram feitas por empreiteiras envolvidas na Lava Jato: UTC, Queiroz Galvão e OAS.
O petista nega relação entre as contribuições e o esquema de corrupção na Petrobras. Ele afirma que Paulo Roberto Costa só atuou em sua campanha como consultor do programa de governo para gás e petróleo.
"Ele parecia o melhor cara da área. Dizia que o Rio poderia virar a Houston brasileira. Fizemos três reuniões e depois fiquei surpreso quando ele foi preso. Eu não sabia de nada", afirmou Lindbergh.
Sérgio Lima - 2.mar.2015/Folhapress | ||
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) durante discurso sobre economia no Senado, na última segunda (2) |
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