Ministério das Cidades avalia abrir sindicância
A assessoria do Ministério das Cidades, órgão a qual o Denatran e a CBTU são ligados, e que foram citadas no depoimento do doleiro Alberto Youssef, disse que a pasta "vai contribuir com todas as investigações, da forma como for necessário" e ressaltou que avalia a abertura de uma sindicância para apurar os fatos.
Segundo o doleiro, pagamentos milionários foram feitos a políticos provenientes de contratos de órgãos como o Denatran, as estatais CBTU e Furnas, além de fundos de pensão dos Correios, da Petrobras e de alguns Estados e municípios.
No caso do Denatran, dois ex-deputados do PP -João Pizzolatti (SC) e Pedro Correia (PE)- serão investigados pela suspeita de terem recebido propina de R$ 20 milhões.
Já o dono do instituto de pesquisa Ibope, Carlos Augusto Montenegro, citado como intermediário de pagamento a políticos do PP por meio de um contrato firmado pela Federação Nacional da Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), disse que nunca conheceu Alberto Youssef.
"Eu tinha 25% de uma empresa que foi contratada pela Fenaseg, mas o nome dela não era GRF, como consta na declaração", iniciou.
Montenegro diz que sua empresa, a Gravanis, foi escolhida para montar uma base de dados para a Fenaseg após comparação com duas concorrentes. "Foi um negócio com empresas privadas, nada a ver com política".
Ele disse ainda que a atuação do Ibope "sempre desagrada a algum político, tanto que um deputado do PP pediu uma CPI". "Essa história não tem nexo. É retaliação braba mesmo." A Folha não localizou os demais citados.
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