Alvo da Operação Lava Jato, Cunha se reúne com Gilmar Mendes, do STF
Integrante da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que será responsável pela maioria dos processos da Operação Lava Jato, o ministro Gilmar Mendes se reuniu nesta quarta-feira (11) com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O peemedebista é um dos 34 congressistas que serão investigados por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras. O encontro, que não estava previsto na agenda, durou menos de 30 minutos.
Como o peemedebista é presidente da Câmara, o caso dele será avaliado pelo plenário do STF.
Mendes negou que tenha falado com Cunha sobre o "grande assunto", em referência à abertura de inquéritos. "Não, a conversa é no processo", afirmou.
O ministro afirmou que foi discutir com o presidente da Câmara a tentativa de retomar projetos importantes que estão em discussão na Câmara, como abuso de autoridade.
Depois que Mendes deixou o gabinete de Cunha, o peemedebista recebeu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Fernando Collor (PTB-AL), que também são alvos no STF.
Esse é o segundo encontro consecutivo que Cunha tem com ministros do STF. Nesta terça, antes de participar de um debate sobre reforma política na Casa, o ministro Dias Toffoli também se reuniu com o deputado em seu gabinete.
O STF oficializou nesta quarta a transferência de Dias Toffoli da Primeira Turma da corte para a Segunda. Com o ato, Toffoli passa a compor oficialmente o colegiado, que deve ser presidido por ele a partir de maio, quando encerra-se o mandato de Teori Zavascki.
Zavascki seguirá na Segunda Turma como relator dos processos que tratam dos casos de corrupção na Petrobras.
Para Mendes, o fato de Toffoli ter sido advogado do PT e ter sido indicado pelo ex-presidente Lula para o STF e o partido ser apontado como um dos beneficiários do esquema, não tem influência.
"[A ligação com o PT] não traz nenhuma preocupação. O tribunal está tranquilo quanto a isso. Então, o ministro tem excelente desempenho e total segurança", disse o ministro.
"Houve um consenso na turma quanto a necessidade [de transferência de Toffoli] para aliviar essa tensão. Não se trata de movimento contra ninguém, mas a favor do tribunal", afirmou.
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