Protesto contra o governo federal reúne 80 mil pessoas em Curitiba
O protesto contra a presidente Dilma Rousseff reuniu 80 mil pessoas na tarde deste domingo (15) em Curitiba, segundo cálculos da Polícia Militar do Paraná.
Sem uma liderança unificada, vários movimentos levaram carros de som, distribuíram material contra a presidente e puxaram coros pelo impeachment. De acordo com a PM, não houve incidentes graves até o fim da tarde.
O protesto no início foi liderado por um grupo que levou um trio elétrico com uma banda para a praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense. Entre uma música e outra, pediram gritos de "fora PT" e fizeram críticas aos desvios na Petrobras. O empresário Fabrício de Macedo, 44, disse que ele e amigos ajudaram a custear por meio de uma vaquinha os R$ 6.000 da locação do carro e que não têm vínculos com partidos.
Outros grupos, como um chamado "Movimento Federalista", também trouxeram equipamentos de som. Sem um comando único, uma marcha dispersa percorreu ruas do centro até se concentrar na Boca Maldita, tradicional ponto de encontro da cidade.
Vários manifestantes trouxeram cartazes de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos envolvendo a Operação Lava Jato, que tramitam na capital paranaense. Locutores de carros de som pediram salvas de palmas ao magistrado e até o chamaram de "herói".
Muitas faixas também pediam intervenção militar no Brasil. Outros cartazes diziam "Eu vim de graça", em referência ao pagamento de participantes no ato pró-Dilma organizado na última sexta-feira (13). Não houve menções a políticos de oposição nem bandeiras de partidos em Curitiba.
O professor universitário Bonald Figueirdo, 57, trouxe uma faixa em inglês pedindo a saída de Dilma e que o ex-ministro Joaquim Barbosa participe do movimento. "Até se for o [vice] Michel Temer seria melhor do que continuar com a Dilma", disse.
SEPARATISMO
Integrantes do movimento O Sul é o Meu País, que pede a separação dos três Estados da região, também aproveitaram o ato para distribuir material de campanha e divulgar a causa.
"Após a eleição da Dilma, o apoio ao movimento cresceu", disse Carlos Zatti, 67, integrante do grupo.
O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
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