Polícia usará câmeras para apurar ataque à sede do PT em Jundiaí
Divulgação | ||
Sede do PT de JUndiaí, que foi incendiada no domingo (15) |
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o ataque incendiário contra a sede do PT de Jundiaí (a 58 km de São Paulo), ocorrido neste domingo (15) e está em busca de suspeitos do que considerou um "ato de vandalismo".
O ataque ocorreu no mesmo dia em que estavam marcadas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT. Em Jundiaí, o protesto ocorreu de forma pacífica.
Segundo o delegado Marco Antônio Ferreira Lopes, um artefato semelhante a um coquetel molotov foi atirado contra o prédio alugado usado pelo partido. O material quebrou a janela de vidro e caiu numa sala.
Testemunhas afirmaram à polícia que ouviram o barulho, mas não presenciaram o ato. Imagens de câmeras de monitoramento da vizinhança estão sendo analisadas.
De acordo com o vereador Gerson Henrique Sartori (PT), não houve grandes danos materiais. A sala não tinha documentos e era usada para reuniões entre integrantes do partido.
Na cidade, o PT é representado pelo vice-prefeito Durval Orlato. O prefeito Pedro Bigardi é do PCdoB, e os principais opositores ao mandato são do PSDB, segundo Sartori.
Em nota, o presidente estadual do PT, Emidio de Souza, pediu apuração completa e punição exemplar dos agressores, "até para evitar que este tipo de ação se torne frequente e contamine o ambiente político".
Ele afirmou que o caráter democrático das manifestações de domingo (15) "contrasta com a selvageria demonstrada pelos adversários no episódio, consequência direta do ambiente de disseminação do ódio e da radicalização política promovida nos últimos meses".
Na nota, o presidente da Executiva Estadual do PT disse ainda que, para além dos prejuízos materiais, quem se vê golpeado no caso é o direito de organização e a própria democracia.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, lamentou o episódio em sua conta oficial no Twitter.
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