PP rejeita afastar dirigente réu na Lava Jato; Bolsonaro pede para sair
Sergio Lima -12.abr.2013/Folhapress | ||
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), citado na Lava Jato e reeleito presidente do PP nesta terça-feira |
Principal partido envolvido no escândalo de desvio de recursos da Petrobras, o PP (Partido Progressista) rejeitou em reunião nesta terça-feira (14) aprovar o afastamento imediato de dirigentes da sigla que sejam denunciados pelo Ministério Público Federal no caso da Operação Lava Jato.
Trinta e um políticos da legenda são investigados pelo Supremo Tribunal Federal no caso, sendo 22 congressistas. Entre eles o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), reeleito nesta terça para seguir por mais dois anos à frente da sigla.
Cabe ao Ministério Público, ao fim da investigação em curso, sugerir o arquivamento do caso ou oferecer a denúncia à Justiça. Recebida a denúncia, é aberta a ação penal contra o acusado.
A proposta de afastamento imediato no caso de haver a denúncia do Ministério Público foi feito pela seção do Rio Grande do Sul, mas acabou sendo rejeitada. No final, aprovou-se que o afastamento automático se dará em caso de condenação pela Justiça.
Daniel Scelza - 15.mar.15/ABI/Folhapress | ||
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), durante protesto contra a presidente Dilma Rousseff |
BOLSONARO
Na mesma reunião, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) pediu que a sigla autorize sua desfiliação, abrindo mão de requerer seu mandato na Justiça por infidelidade partidária.
"Minha relação com o partido já deu, saturou. Político que não sonha se acomoda", afirmou o deputado, que frequentemente é protagonista de polêmicas na Câmara devido à sua defesa do regime militar e de posições conservadoras no campo dos costumes –em decisão da qual vai recorrer, foi condenado pela Justiça a pagar indenização de R$ 150 mil por declarações contra homossexuais.
Bolsonaro afirmou que se o partido não lhe der esse salvo conduto, ele ficará na sigla até setembro de 2017, pouco mais de um ano antes das eleições de 2018. Seu objetivo, diz, é concorrer a algum cargo majoritário daqui a três anos. "Até o de presidente da República, por que não?"
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