Após distribuição de cargos, governo consegue reduzir traições
A análise do mapa de votações da segunda medida provisória do pacote de ajuste fiscal mostra que, com exceção do PDT, o Palácio do Planalto conseguiu reduzir as traições nas bancadas aliadas.
Após uma pressão dos ministros de cada partido e da distribuição de cargos aos aliados, houve redução das dissidências no PP (12 traições contra 18 da semana passada), PR (1 contra 5 da semana passada) e PRB (nenhuma contra 8 traições na semana passada), principalmente.
Já o PDT do ministro Manoel Dias (Trabalho) novamente votou em peso contra Dilma: 18 votos, quase o total da bancada, de 19 deputados (um faltou à votação).
O PT e o PMDB voltaram a mostrar alto índice de fidelidade: No PMDB, a MP foi apoiada por 52 dos 60 que votaram (houve sete ausências). No PT, por 53 dos 54 votantes. Novamente, Weliton Prado (MG) foi o único a se posicionar contra. Outros oito, a maior parte deles críticos das medidas, não votaram.
Já na oposição, houve um número menor de votantes do que na semana passada. O PSDB voltou a rejeitar em bloco as medidas –46 votos de uma bancada de 53. Na análise da primeira MP, foram 51 votos contra.
No DEM, a dissidência pró-governo, de um terço da bancada na primeira votação, foi reduzida a 4 votos. Entre eles, novamente, o ex-presidente da legenda Rodrigo Maia (RJ) e o ex-líder da bancada José Carlos Aleluia (BA). Eles argumentam que apesar de serem oposição ao governo apoiam ajustes nos benefícios.
Apesar da redução das traições, a bancada do DEM compareceu em menor número –17, contra 22 da semana passada.
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