Disputa pela presidência do PSDB paulistano racha partido
A votação para a escolha do novo presidente do PSDB paulistano, que ocorre neste domingo (31) na Câmara dos Vereadores de São Paulo, acarretou em um racha no partido.
Os nomes que disputam o cargo —que terá papel fundamental na eleição para a prefeitura de São Paulo em 2016— são: o vereador Mário Covas Neto, o deputado Ramalho da Construção e o membro do diretório da Mooca, Fabio Lepique.
Um dos primeiros líderes do PSDB a chegar à convenção municipal do partido foi o governador Geraldo Alckmin. Questionado sobre qual dos três nomes que concorrem ao cargo teria sua aprovação, ele desconversou: "Não manifesto esse tipo de apoio".
Até 15 dias atrás, Mário Covas Neto era o único candidato. Ele tem sido ligado a pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo à prefeitura da capital paulista por parte dos tucanos.
Há duas semanas, porém, grupos que defendem outros nomes para a disputa pela prefeitura de São Paulo articularam as candidaturas de Ramalho e Lepique.
Perguntado se Andrea Matarazzo seria o melhor nome para concorrer ao cargo de Fernando Haddad (PT) no próximo ano, o governador do Estado afirmou que sim, mas que era se cedo para esse debate. "Quando fui para os Estados Unidos, em janeiro de 2007, todos diziam que a Hillary Clinton seria a escolhida, ninguém falava do Obama", disse.
O atual presidente do PSDB municipal, Milton Flávio, defendeu que a candidatura de Mário Covas Neto se reduziu a candidatura de um candidato a prefeito", referindo-se a Andrea Matarazzo.
Já Andrea minimizou as críticas e afirmou apoiar Covas Neto por ser um nome conciliador. "Ele é tio do Bruno Covas e próximo ao José Aníbal".
Mário Covas Neto afirmou que vem trabalhando sua candidatura há seis meses, e que antes de se lançar falou com Alckmin, além de todos os interessados em disputar a vaga de candidato à prefeito de São Paulo. "Recebi de todos sinal verde. Se agora ele ficou vermelho, eu deveria ter sido comunicado", reclamou.
DISTRITÃO
Durante o evento, Geraldo Alckmin se manifestou contrário ao distritão, modelo de votação rejeitado pela Câmara dos Deputados na semana passada.
"O distritão é uma negação dos partidos e exacerba personalismos". Ele também saiu em defesa do voto por distrito. "Defendo o voto distrital, que é mais autêntico e mais barato."
O distritão prega a eleição de candidatos mais votados, sem levar em conta partido e coligação.
A votação rachou o PSDB. Vinte e um deputados ignoraram a orientação da cúpula do partido e votaram favorável à medida proposta por Eduardo Cunha. Já 26 votaram conforme a orientação do presidente do PSDB, Aécio Neves.
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