Deputados recuam de convocar empresários na CPI do BNDES
Um acordo entre deputados do PT, do PMDB e do PSDB para votar nesta quarta (2) requerimentos de convocação de grandes empresários, investigados na CPI do BNDES, durou menos de uma hora na Câmara.
Pelo acordo, feito após a sessão desta terça (1) da CPI, seriam apreciadas as convocações de Eike Batista, do grupo EBX, e dos donos do frigorífico JBS, Wesley e Joesley Batista, grandes beneficiários de financiamentos do BNDES.
Segundo a Folha apurou, porém, logo após o acordo, alguns deputados reuniram-se, separadamente, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Após alguns minutos, o presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), confirmou o cancelamento da pauta. "[O acordo] Não foi levado à frente. Os próprios partidos o dissolveram", disse Rotta. "Recebi a informação da minha assessoria, mas não vi como foi a dissolução", completou.
A sessão extraordinária desta quarta foi mantida, mas para votar requerimentos de solicitação de documentos.
Até o momento, foram ouvidos na CPI o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na última quinta (28), o vice-presidente, Wagner Bittencourt, e a diretora de Comércio Exterior, Luciene Carvalho, ambos nesta terça-feira.
Não há previsão para que sejam convocados políticos e empresários. Integrantes da CPI disseram à Folha que essas convocações estão sendo dificultadas, e que as oitivas de representantes do banco não têm levado a lugar algum.
Questionado, o presidente da CPI negou interferência de Cunha. "As convocações [de empresários e políticos] vão existir, ou agora ou depois", disse Rotta.
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