Cunha vai recorrer de decisões do STF que travaram seu rito do impeachment
A Câmara dos Deputados vai recorrer das decisões liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) que, nesta terça-feira (13), suspenderam o rito traçado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Por meio da advocacia da Casa, Cunha vai alegar que um caso desses não pode ser alvo de uma decisão monocrática e precisa passar pelo crivo de todos os ministros no plenário.
Deve ressaltar ainda que a Suprema Corte interfere no Poder Legislativo ao suspender a validade da resposta que Cunha deu a questionamentos da oposição, na qual traça um "manual do impeachment", com descrição de prazos e procedimentos.
"Se o Supremo entender que o que a Casa adotou até hoje é errado, vai decidir coletivamente e vamos seguir", afirmou o presidente da Câmara.
Devido à decisão do STF, ele admitiu que, ainda que haja um recurso por um indeferimento de pedido de impeachment, ele não levará ao plenário.
O peemedebista voltou a destacar que a sua resposta à questão de ordem dos oposicionistas não trouxe pontos novos, mas que já foram definidos anteriormente.
A decisão do ministro Teori Zavascki e uma das de Rosa Weber, na prática, não impedem Cunha de avaliar os pedidos de impeachment que chegam à Câmara, mas não permitem que, em caso de indeferimento, haja recurso ao plenário, como havia sido acordado com a oposição há semanas.
Nesta tarde, Cunha indeferiu outros cinco pedidos de impeachment, restando quatro ainda por decidir.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade