Rio de Janeiro tem público abaixo do esperado no início de manifestação
Isabela Dias/Folhapress | ||
Início de manifestação no Rio de Janeiro |
O protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff na Praia de Copacabana ainda reunia um público bem abaixo do esperado a 30 minutos do horário marcado para a mobilização. Uma forte chuva foi registrada na cidade do Rio de Janeiro nas últimas horas.
A concentração estava agendada para as 10h, no Posto 5 da orla da praia.
Moradora de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, a professora Jandaíra Moura, 47, foi uma das primeiras a chegar. Veio acompanhada por duas amigas, a médica Andrea Martins Maia, 48, e a secretária Gilda Lazaroni, 55. Elas carregavam faixas com mensagens contra a corrupção, que incluíam imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma, do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do presidente do Senado, Renan Calheiros.
"Nós viemos aqui dar um basta no conjunto de situações inadmissíveis que o Brasil está enfrentando atualmente. Chega de corrupção, eles querem aumentar nossos impostos e a gente não tem nada em troca. Eu sinto na pele os salários atrasados, não tenho mais data de pagamento. Meu irmão é microempresário e teve que demitir nove funcionários", diz a professora, que trabalha na rede pública.
"O meu protesto não é contra o PT em particular, mas contra todos os corruptos e em apoio à Policia Federal e ao juiz Sergio Moro. Eles provaram que quando um grupo de pessoas quer fazer a coisa certa, tudo pode mudar."
Camisas da seleção brasileira de futebol estão sendo vendidas a R$ 25 na orla de Copacabana.
"É preciso acabar com a corrupção", disse Caio da Fonseca Bastista, 23, que ofertava camisetas aos manifestantes. "A crise está aí e eles não cortam gastos".
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