Em Brasília, ato contra impeachment projeta 'Não vai ter golpe' em museu
Diego Padgurschi /Folhapress /Diego Padgurschi /Folhapress | ||
Manifestantes em apoio a Dilma e Lula em frente a Biblioteca Nacional de Brasilia |
Com críticas ao juiz Sergio Moro, à oposição e aos meios de comunicação, manifestantes em apoio ao governo de Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula percorreram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Entre os manifestantes estavam membros de centrais sindicais, de uniões estudantis e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF eram cerca de 6.000 pessoas. Os organizadores estimaram em 20.000.
Os manifestantes começaram a chegar por volta das 16h30, pouco antes do horário marcado, previsto para às 17h, e trouxeram dois carros de som. Um com faixas e integrantes da CUT e outro do grupo Artistas de Brasília pela Democracia.
Os participantes projetaram em laser no Museu Nacional a inscrição "Não vai ter golpe".
Era previsto que manifestantes pró-impeachment também fizessem protestos na Esplanada, mas ninguém apareceu.
Por volta das 19h, os manifestantes se deslocaram para o Congresso Nacional para protestar, principalmente, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Até a publicação deste texto, a manifestação era pacífica e sem incidentes.
A Polícia Militar deslocou um efetivo de 1.700 homens, além de 201 bombeiros para fazer a segurança do protesto.
Um princípio de tumulto ocorreu quando um grupo de manifestantes chutou um carro da TV Globo que parou em frente ao Museu Nacional, local onde foi marcada a concentração. A rede de TV e a imprensa foram criticadas em outros atos desta sexta. Alguns militantes pediram para que parassem o ataque e o carro deixou o local.
"Não vamos cair em qualquer tipo de provocação. É uma manifestação pacífica. Não queremos nenhum tipo de agressão à imprensa. O ato é em defesa da democracia", pediu o locutor do carro de som trazido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O ex-ministro Gilberto Carvalho disse em discurso que os adversários têm medo da volta de Lula porque ele "vai mudar o jogo junto com Dilma".
"O Lulinha vai lá pra dentro e junto com a Dilma vamos retomar a conversa política, barrar o impeachment". Ele afirmou que a militância vai "acampar em frente ao Congresso daqui a uns dias para mostrar a real vontade do povo brasileiro ". O ex-ministro lembrou que a presidente foi humilde em aceitar a ajuda de Lula.
Segundo ele, a economia vai ser mudada para acabar com o desemprego e "isso vai nos levar à vitória ".
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