Ato pró-Dilma em Buenos Aires reúne alguns argentinos a favor do governo
Luciana Dyniewicz/Folhapress | ||
Protesto pró-Dilma em Buenos Aires |
O ato de apoio ao governo de Dilma Rousseff realizado em Buenos Aires nesta sexta-feira (18) teve praticamente o mesmo número de participantes que o do último domingo (13), contra a presidente.
Cerca de 80 pessoas se reuniram no fim da tarde diante da embaixada brasileira. A doutoranda Adilah Zairaa, de 25 anos, afirmou que participava do protesto para defender as políticas do PT. "Não é um partido perfeito, mas ajudou os negros, e isso parece ser o que a direita não quer."
Morando há três meses na capital argentina, a estudante recebe ajuda financeira (R$ 1.200 mensais) do programa Ciência sem Fronteiras para concluir seu doutorado. "Peguei essa política [de bolsa para estudos no exterior] do PT. Meus irmãos, por exemplo, não tiveram a mesma oportunidade", acrescentou.
Celina Bernardo, 30, que cursa medicina em Buenos Aires, disse não ser uma militante do PT, mas acrescentou que participar da manifestação é importante para defender a democracia. "O golpe é ilegal e apoiado pela mídia."
Alguns argentinos, como Carolina Fernandez, 48, também empunharam cartazes a favor do governo Dilma.
"A democracia é um bem fora de questão. O que está acontecendo no Brasil é o que vivemos aqui em 1955", disse se referindo à ditadura que tirou Juan Domingo Perón do poder. "Eram os peronistas contra os não peronistas."
Na quinta-feira (17), também houve gestos de apoio ao PT em Buenos Aires. Em um curso do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais, os argentinos aplaudiram o nome de Lula várias vezes.
A aula inaugural do curso foi proferida pelo ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, amigo do político brasileiro. À Folha Mujica disse apenas que "toda vez que choveu, parou".
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