enquanto isso, em 1992
Fiesp, na linha de frente do afastamento de Dilma, despertou a fúria de Collor
Ormuzd Alves - 23.jul.1992/Folhapress | ||
Mário Amato, então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em 1992 |
A Fiesp de Paulo Skaf não pretende pagar o pato pelos desacertos da presidente Dilma Rousseff.
Já a Fiesp de Mario Amato engoliu muitos sapos de Fernando Collor.
Collor fustigou a entidade desde a campanha eleitoral. Amato teria sido inábil quando o candidato foi expor o programa de governo. Olhando para o relógio, o empresário abreviou o encontro e perguntou quanto Collor queria.
A fúria de Collor não foi aplacada com a fortuna que os empresários despejaram nos cofres do tesoureiro da campanha, PC Farias.
Quando venceu o primeiro turno, Collor afirmou: "Já rechacei o apoio da Fiesp duas vezes e o faço agora, pela terceira vez. A Fiesp representa o que há de mais atrasado no empresariado brasileiro".
No dia em que a "CPI de PC Farias" divulgou seu relatório final, Amato leu uma nota de repúdio em que a Fiesp reconhecia "a absoluta necessidade de exemplar punição".
Collor foi acolhido pelo PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), grupo de jovens líderes empresariais, criado em 1987.
Mas o PNBE acabou sendo a primeira entidade empresarial a aderir ao movimento pelo impeachment de Collor, diante da corrupção.
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