Em eventual gestão Temer, Meirelles fica com contas e Jucá, investimentos
A equipe econômica do eventual governo Temer terá duas cabeças para equilibrar as contas públicas e tentar impulsionar os investimentos e reverter a desaceleração da economia. A primeira tarefa ficará sob a responsabilidade de Henrique Meirelles, na Fazenda. Romero Jucá cuidará do segundo bloco, à frente de um Ministério do Planejamento turbinado.
O senador peemedebista, aliado do vice-presidente, assumirá com a missão de ocupar o papel de "animador econômico" do governo, fazendo a interlocução com o empresariado e tomando as medidas para destravar os investimentos no país.
Para dar conta do recado, Jucá vai receber de Temer a responsabilidade de comandar o BNDES, principal banco de investimento do Brasil. Para isso, o vice deve fundir as pastas do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que hoje comanda o BNDES.
Um assessor de Temer diz que Meirelles será o "acertador" das contas públicas e responsável por trazer de volta a credibilidade na economia.
Meirelles combinou com o vice de levar, na próxima semana, três sugestões para comandar o Banco Central. Dois são considerados certos nesta lista: Ilan Goldfajn e Mário Mesquita, ex-diretores do BC.
Nos planos de Temer, o números de ministérios vai cair dos atuais 32 para no máximo 25. No Planalto, haverá apenas dois ministros: o da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Ali também deve despachar o ex-ministro Moreira Franco, como assessor especial.
A pedido do PMDB do Rio, por outro lado, o vice deve desistir de fundir os ministérios do Turismo e do Esporte.
Em relação ao senador José Serra (PSDB-SP), apesar de suas resistências para voltar à pasta, Temer ainda não desistiu de convencê-lo a assumir a Saúde. A outra opção é a Educação.
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