Barreiras dificultam acesso a palácios da Alvorada e do Jaburu, em Brasília
Ed Ferreira -11.mai.2016/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
Grades de proteção são colocadas no Palácio do Jaburu residência oficial de Michel Temer |
Desde meados de março, barreiras físicas guardadas por militares controlam os acessos às residências oficiais da presidência e da vice-presidência da República.
O bloqueio foi montado ainda na gestão de Dilma Rousseff diante do acirramento das manifestações a favor e contra o impeachment e foi mantido pelo presidente interino Michel Temer.
Apesar de ser uma área de segurança, não havia proibição para qualquer um que quisesse ir para a frente do Palácio da Alvorada, residência da presidente afastada, ou para a frente do Palácio do Jaburu, onde mora Temer. Ambos são vizinhos.
Agora, os acessos estão proibidos para turistas e cidadãos em geral. As visitas guiadas que ocorriam no Alvorada, uma das obras mais simbólicas de Brasília projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foram suspensas.
Políticos que queiram visitar Dilma ou o próprio Temer podem passar, mas precisam se identificar antes.
Nesta semana, o senador Jorge Viana (PT-AC) reclamou das barreiras alegando que elas deixavam a presidente afastada "sitiada" no Alvorada. "O problema é que ninguém chega ao Palácio da Alvorada se não cair na armadilha de uma barreira, antes do Palácio do Jaburu. Vejam só em que país nós estamos vivendo", disse.
Viana não disse nada sobre o fato de as barreiras terem sido colocadas ainda na gestão de Dilma. A Folha não conseguiu localizar o senador na sexta (20).
Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional afirma que as visitas oficiais são identificadas de acordo com agenda distribuída aos agentes de segurança pela assessoria presidencial. O GSI não informou se pretende continuar com as barreiras.
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