Com aval de Renan, Temer avalia nomes de tribunais para ministério
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que pediu demissão do cargo na segunda (30) |
Com a saída de Fabiano Silveira da chefia do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, o presidente interino, Michel Temer, começou a avaliar desde a noite de segunda-feira (30) nomes para substituí-lo no cargo.
O intuito do peemedebista é que a escolha passe pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem coube indicar o antigo ocupante da pasta.
Segundo a Folha apurou, Temer já informou inclusive a Renan por meio de um interlocutor a disposição de ouvi-lo antes da definição de um nome.
A ideia estudada pelo governo federal é de escolher um nome da área jurídica com um currículo respeitado em um grande tribunal, o que, na avaliação da gestão peemedebista, diminuiria resistências tanto do Congresso Nacional como de servidores da pasta.
Pelo critério estabelecido, três nomes cotados pelo presidente interino são do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Torquato Jardim, da ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Nancy Andrighi e do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso.
Os dois últimos chegaram a ser estudados para o Ministério da Justiça quando o peemedebista compôs sua equipe de governo. O primeiro, segundo antecipou o Painel, chegou a até mesmo ser sondado para o novo cargo.
Com a abertura de um posto na Esplanada dos Ministérios, há aliados do peemedebista que têm defendido ao presidente interino que ele escolha uma mulher para o cargo, arrefecendo assim as críticas da ausência de nomes femininos no primeiro escalão da gestão provisória.
Além de Nancy Andrighi, que conta com a simpatia de Michel Temer, outros nomes que têm sido lembrados são da ex-ministra do STJ Eliana Calmon e da ex-ministra do STF Ellen Gracie, que já recusou o cargo antes.
Os aliados do peemedebista acreditam, contudo, que dificilmente um novo ministro será definido nesta semana, devido à cautela do governo interino em escolher um nome que evite novas dores de cabeça.
Gravado em conversa na qual criticou a Operação Lava Jato, Fabiano Silveira pediu exoneração do cargo após protestos e ameaças de demissões de funcionários públicos, que exigiam a saída dele do cargo.
No diálogo, revelado pelo "Fantástico", Silveira orienta o presidente do Senado Federal e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a atuar nos procedimentos em que são investigados na Operação Lava Jato.
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