Ex-ministro Delfim Netto é intimado a depor na Lava Jato
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O ex-ministro da fazenda e professor, Delfim Netto, em seu escritório no bairro Pacaembu |
O economista e ex-ministro Antonio Delfim Netto foi intimado a depor no âmbito da Operação Lava Jato, para que explique um pagamento de R$ 240 mil que teria recebido da empreiteira Odebrecht.
A intimação está em ofício da delegada de Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues, assinado na última segunda-feira (6).
O pagamento apareceu numa planilha da Odebrecht apreendida durante a operação, que lista um repasse de R$ 240 mil ao codinome "Professor", feito em outubro de 2014.
O dinheiro teria sido entregue a Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim. Ele aparece na planilha como o recebedor dos valores, entregues em seu escritório, na alameda Lorena, em São Paulo.
O advogado foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento durante a 26ª fase da Lava Jato, em março –que investigou o sistema de pagamentos de propina na Odebrecht.
À época, ele negou à PF que tenha recebido quaisquer valores em seu escritório, e disse jamais ter prestado serviços à Odebrecht.
O ex-ministro Delfim Netto, em nota, informou que prestou "serviços de consultoria na área econômica" à empreiteira na época, e que todos os valores recebidos foram declarados em Imposto de Renda.
A defesa de Delfim, composta pelos advogados Ricardo Tosto e Maurício Silva Leite, refutou "de maneira veemente que tenha havido qualquer irregularidade" no contrato do economista com a Odebrecht.
A empreiteira afirmou que não vai se manifestar.
O depoimento de Delfim Netto à Polícia Federal ainda não tem data marcada, segundo sua defesa.
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