Presidente do Peru diz que suposta propina da Odebrecht é 'traição'
Martin Mejia/Associated Press | ||
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, em julho de 2016 |
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, classificou no domingo (5) de "traição" e "vergonha" para seu país os supostos atos de corrupção do ex-presidente Alejandro Toledo, suspeito de receber subornos da Odebrecht.
"Se tudo isso for confirmado, é uma grande vergonha, uma traição ao Peru e uma falta de respeito a nós, seus colegas, que tanto nos esforçamos para fazer um bom governo", disse o chefe de Estado à W Radio, da Colômbia.
Kuczynski afirmou se sentir "muito triste" com a informação divulgada na noite de sexta-feira (3) pela imprensa peruana de que o governo de Toledo (2001-2006) recebeu US$ 20 milhões em subornos de parte da Odebrecht, em troca da licitação da obra da rodovia interoceânica que une o Brasil ao Peru. Desse dinheiro, o ex-presidente teria recebido pelo menos US$ 11 milhões.
No sábado (4) houve uma operação na casa do ex-presidente, com a apreensão de cofres, caixas e vídeos.
A Odebrecht admitiu ter pago 29 milhões de dólares em subornos do Peru, entre 2005 e 2014.
Esse período abarca os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala, que também está sendo investigado por lavagem de dinheiro.
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