Cunha pede que Justiça proíba editora de vender livro que usa seu nome
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Eduardo Cunha se defende na sessão que cassou seu mandato de deputado, em outubro de 2016 |
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentou à Justiça uma ação contra a editora Record pela publicação do livro "Diário da Cadeia", assinado por um autor identificado como "Eduardo Cunha (pseudônimo)". A previsão é que a obra seja vendida a partir de segunda (27).
Ele pede que a editora seja impedida de distribuir o livro e recolha os exemplares que, por ventura, já tenha entregue a livrarias. Pede ainda R$ 100 mil por danos morais.
A obra traz relatos em primeira pessoa do que seria a rotina de Cunha no complexo penal em Curitiba, onde está preso desde outubro do ano passado. O subtítulo do livro ("Com trechos da obra inédita Impeachment") faz referência ao relato que o peemedebista prometeu publicar após ter sido cassado.
Ticiano Figueiredo de Oliveira, advogado de Cunha, diz que o livro "é uma fraude que induz não só o leitor, como toda a sociedade, a erro".
Editor da obra, Carlos Andreazza afirma que se trata de um livro de ficção e que a ação de Cunha, antes da publicação do livro, "esbarra na decisão do Supremo que impede a censura prévia".
"Uma vez que se torne público, quem se sentir agravado tem todo o direito de ir à Justiça. Por enquanto temos apenas Eduardo Cunha processando um romance."
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