Eleitores voltam às urnas no AM para 2º turno da eleição para governador
Edmar Barros/Futura Press/Folhapress | ||
Candidato Amazonino Mendes (PDT) ao votar no primeiro turno da eleição, em Manaus |
O segundo turno da eleição para o governo do Amazonas ocorre neste domingo (27) em meio ao risco de grande número de votos nulos e brancos e alta taxa de abstenções.
A eleição suplementar foi convocada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio, após a cassação de José Melo (Pros), então governador, acusado de compra de votos.
O ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e o senador Eduardo Braga (PMDB), mais votados no primeiro turno, no dia 6 de agosto, disputam o cargo numa eleição considerada morna.
A temperatura foi comprovada pelo desinteresse do amazonense: abstenções somadas a brancos e nulos superaram, com folga, a votação do primeiro colocado.
No total, 849.528 eleitores (40%) deixaram de escolher um dos candidatos —Amazonino, o mais votado, obteve 577.397 votos (37% do total válido).
Braga, o segundo colocado, teve 377.680 votos (25%).
No pleito de 2014, a taxa de votos brancos, nulos e abstenções no Estado somou 27%.
Suamy Beydoun/Agif/Folhapress | ||
Candidato Eduardo Braga (PMDB) durante a votação no primeiro turno, no Amazonas |
Os outros dois candidatos mais votados decidiram não apoiar nenhuma das duas chapas que passaram para o segundo turno. A situação diminui a possibilidade de transferência de votos e pode contribuir para a ausência nas urnas.
Terceira colocada, com 18% dos votos válidos, a ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM) se declarou "totalmente afastada" da disputa entre Braga e Amazonino.
"Tomei a decisão por não me sentir representada por nenhum dos dois candidatos", afirmou ela numa rede social.
No vídeo, pediu aos eleitores que "possam refletir e votar com a sua consciência, por aquilo que acreditam ser o melhor para o Estado do Amazonas".
O candidato do PT, o deputado estadual José Ricardo, também fechou com o partido a posição de neutralidade. A sigla decidiu não autorizar nenhum filiado a fazer campanha para os concorrentes do segundo turno.
Durante a campanha, o petista adotou discurso crítico às lideranças de outras siglas no Estado. Tanto Amazonino quanto Braga são caciques da política local.
O primeiro já foi governador do Estado por três vezes, e o segundo ocupou o cargo em duas ocasiões. Ambos já foram também prefeitos de Manaus.
Quem vencer agora exercerá um "mandato-tampão", até o fim de 2018. A diplomação está prevista para outubro.
A Justiça Eleitoral planeja distribuir 6.668 urnas eletrônicas por cerca de 1.500 locais de votação no Estado para o pleito deste domingo.
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