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Impeachment é tema no debate dos candidatos à prefeitura de São Paulo

Adriano Vizoni/Folhapress
Debate dos candidatos à prefeitura de SP na Rede TV
Debate dos candidatos à prefeitura de SP na Rede TV

À margem da campanha eleitoral, a crise política nacional e o governo Michel Temer (PMDB) surgiram com força no segundo debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo, promovido nesta sexta (2), pela Rede TV!

Líder na mais recente pesquisa do Datafolha, com 31% das intenções de voto, Celso Russomanno (PRB) novamente foi pouco questionado por seus adversários durante o encontro.

Pela primeira vez em um debate, já que no primeiro encontro, promovido pela TV Bandeirantes, teve sua participação vetada por adversários, Luiza Erundina (PSOL) trouxe o impeachment para a pauta em duas ocasiões.

Criticou Marta Suplicy (PMDB), que está em segundo lugar no Datafolha, com 16%, por apoiar Temer e a questionou como ela se sente "como feminista" ao apoiar o presidente, que não nomeou nenhuma mulher para seu ministério.

A peemedebista disse que a adversária não pode dar atestados de feminismo.

Marta, em outra ocasião, disse ainda que Temer está dando a esperança de o país sair da crise, "que foi gerada pelo governo anterior".

Erundina questionou o prefeito Fernando Haddad (PT) por ter afirmado em entrevista que "golpe" era uma "palavra um pouco dura" para classificar o afastamento da petista Dilma Rousseff.

O prefeito rebateu atacando Erundina e Marta por terem mudado de partido –as duas foram prefeitas pelo PT. Ele disse ainda que a peemedebista está agora com "algozes" dos mais humildes e que a candidata do PSOL, com a crítica, desune a esquerda.

"O Senado assumiu que não houve crime por parte da presidenta", disse o prefeito, ao falar sobre a decisão de não cassar direitos dela de exercer funções públicas.

O candidato Major Olímpio (SD) disse que o Senado deu uma "demonstração nefasta para 'quebrar o galho de bandoleiros".

Haddad foi questionado ainda por um jornalista sobre a Operação Lava Jato, inclusive por delações que citam dinheiro em sua campanha de 2012. Disse que a operação não pode ser "seletiva" e citou que nomes da cúpula do PMDB e PSDB também serão investigados

Ao falar de educação, disse que o governo do Estado, do tucano Geraldo Alckmin, é investigado por suspeitas em contratos de merenda.

BATE-BOCA

Em um dos blocos, em que os candidatos precisaram responder perguntas de jornalistas, Marta foi questionada sobre quando usou a rede pública de saúde. João Doria (PSDB) foi indagado sobre tributos e disse que os "ricos já pagam mais impostos" do que os pobres.

O tucano também falou na oportunidade que Marta "adora uma taxazinha" e disse que ela deixou o município "quebrado" ao sair do cargo. Marta pediu formalmente um direito de reposta e afirmou: "Se ele quer ser prefeito, deveria ter mais compostura ao falar comigo".

Doria disse que não desrespeitou a adversária.

Olímpio chamou Marta e Erundina de "duas senhoras" e ironizou Russomanno e Doria ao classificá-los como "dois artistas" –os dois foram apresentadores de TV.

Olímpio disse ainda que prefere ser considerado da "bancada da bala" a ser da "bancada da mala".

O candidato do PRB, ao falar de transporte público, disse que "nem pensa" em aumentar o preço da tarifa de ônibus e prometeu combater fraudes com o Bilhete Único.

Marta voltou a criticar políticas de Haddad, ao chamar, por exemplo, ciclovias de "ciclotintas". O prefeito também foi um dos principais alvos de Doria, que questionou a atual política para moradores de rua na cidade.

Ela atacou o PSDB ao falar que a gestão estadual da saúde pública é "tão ruim" quanto a municipal.

Em uma pergunta sobre segurança, o petista perguntou "em que mundo vive" Russomanno por ter sugerido parcerias com o Estado.

O candidato do PRB também falou de questões nacionais ao dizer que não apoiará mudanças na Previdência que prejudiquem aposentados. Criticou ainda o Uber, pela "concorrência predatória" e defendeu a regulamentação do serviço.

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