Publicidade
Publicidade
Publicidade

Universal ataca imprensa e defende o prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella, na TV Record

Yasuyoshi Chiba - 30.out.2016/AFP
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, no dia do segundo turno da eleição
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, no dia do segundo turno da eleição

A Igreja Universal atacou a imprensa e defendeu o prefeito eleito do Rio, o bispo licenciado Marcelo Crivella (PRB), em seu programa na TV Record na madrugada desta terça-feira (1º).

O programa "Fala que eu te escuto", da Universal, mostrou por duas vezes seguidas um clipe da campanha de Crivella. Nele, afirma que o prefeito eleito "foi alvo de uma intensa campanha negativa da mídia, principalmente no segundo turno".

"Foi uma campanha dura, difícil, repleta de mentiras, agressividade, propaganda difamatória e manipulação. A intenção era clara: confundir os eleitores cariocas. [...] Mas, afinal, qual é o motivo para tantas agressões e intimidações contra Marcelo Crivella por parte dos veículos de comunicação? Ele seria uma ameaça? Mesmo com tanto jogo sujo, a verdade venceu", afirmou a narradora.

O programa listou TV Globo, o jornal "O Globo", a revista "Veja" e o portal UOL, do Grupo Folha, que edita a Folha, como veículos agressivos na campanha. A Universal também criticou o jornalista Arnaldo Jabor, que classificou como "burrice carioca" a eleição de Crivella, e a atriz Fernanda Torres, que em sua coluna na Folha demonstrou receio com a escolha do senador como prefeito.

Entrevistado pelo apresentador do programa, o bispo Márcio Carotti, Crivella disse que "existe uma parte [da mídia] que não é imparcial e tem interesse no processo eleitoral".

"Esse interesse não é outro senão econômico. Então, enquanto uma tenta informar sobre os candidatos, suas propostas, outra tenta manipular a opinião pública com mentira. É importante que as pessoas saibam separar muito bem uma mídia da outra", disse o prefeito eleito.

Carotti pergunta se o senador considera que "os veículos de comunicação têm força para eleger um candidato".

"Acho que não. Se tivessem, o resultado da eleição teria sido outro. Embora tentem, não têm essa força. Cada vez a força que eles têm vai diminuindo. As pessoas não vão ser influenciadas por comentários, críticas, notícias facciosas de uma mídia que é inimiga jurada de candidatos evangélicos", disse o senador do PRB.

O programa entrevista algumas pessoas que também criticam a imprensa, entre elas o ator Sandro Rocha, que participou do filme "Tropa de Elite 2" –inspirado na atuação de Marcelo Freixo (PSOL), adversário de Crivella na disputa– e se tornou pregador evangélico.

Freixo também foi alvo da Universal no programa de uma hora, transmitido a partir da 1h15. O "Fala que eu te escuto" reproduziu trechos de artigo do economista Rodrigo Constantino em que chama o PSOL de "o PT de ontem".

Outro entrevistado foi o coordenador de maquiagem da TV Record, André Andrade. Ele afirmou nunca ter sofrido preconceito na emissora por ser homossexual.

"Mas você trabalha na emissora dos bispos?", disse, em tom de ironia, o bispo Márcio, para afirmar que a Universal não tem preconceito contra homossexuais.

A partir da segunda metade do segundo turno, Crivella passou a criticar a imprensa por reportagens que mostravam textos e pregações intolerantes que ele fez no passado. Após a vitória, o prefeito eleito disse que não iria "cair na praga maldita da vingança".

Ao fim, bispo Márcio provocou os críticos da Universal.

"Quanto mais vocês falam mal da Igreja Universal, quanto mais levam calúnias a nosso respeito, mais a gente cresce [risos]. Obrigado pela perseguição da mídia. Somos igual omelete. Quanto mais bate, mais cresce", afirmou o apresentador.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade