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Polícia diz que só duas das 13 mortes no Rio de Janeiro tiveram motivação política

Ricardo Borges - 02.ago.2016/Folhapress
Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. 02 /08/ 2016; Homens das Forcas Armadas reforcam seguranca no Pao de Acucar um dos pontos turisticos mais visitados do Rio. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress) *** EXCLUSIVO FOLHA ***
Homens das Forças Armadas reforçam segurança no Pão de Açúcar, um dos pontos turísticos mais visitados do Rio

​O delegado titular da Divisão de Homicídio da Baixada Fluminense, Giniton Lages, disse nesta quinta-feira (8) que apenas dois dos 13 homicídios de pessoas envolvidas em política na Baixada Fluminense tiveram realmente motivação político-partidária.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio realizaram nesta quinta a Operação Verdade, cujo objetivo é "mostrar que é irreal a ideia de que existe uma caçada a candidatos".

"Cada vítima tem sua história particular, um perfil. Só dois casos têm motivação política", disse o delegado, que preferiu não especificar os dois casos.

Desde novembro do ano passado, 14 pessoas envolvidas nas campanhas políticas foram executadas na Baixada.

O caso mais recente foi o do policial militar e pré-candidato a vereador Júlio Reis (PCdoB), que foi foi baleado na saída de uma festa em 20 de agosto.

Dos 14 crimes ocorridos com pessoas envolvidas com política na região, a Polícia Civil não considera para fina da operação a morte de Alan Moreira, 29, que seria apenas amigo de um candidato a vereador de Belford Roxo. Por isso, a operação menciona 13 casos.

A primeira fase da operação –uma segunda fase deve ocorrer nas próximas duas semanas– focou em três assassinatos de pré-candidatos a vereador ocorridos em Duque de Caxias: Leandro da Silva Lopes, 38, Sérgio da Conceição de Almeida, e Denivaldo Meireles da Silva, 41.

Segundo o delegado, os três assassinatos têm conexões com atividades ilícitas na região, sem relação com as escolhas políticas dos pré-candidatos. Os três foram executados por uma milícia que atua no furto de combustíveis de um duto da Petrobras.

"A bica tinha capacidade de vazão de 20 mil litros por hora e estava em operação há bem mais do que seis meses. É uma atividade lucrativa e que gerou divergências nesse grupo. Os três tinham envolvimento nessa atividade", disse o delegado.

O duto está conectado a Reduc (Refinaria Duque de Caxias). O total furtado é desconhecido. O delegado não descarta a existência de outras bicas em chácaras na região. O produto furtado seria retirado por caminhões pipa durante a madrugada.

A operação apreendeu armas, munição e coletes da Polícia Civil que podem ter sido usados por criminosos no assassinato de Denivaldo, executado quando deixava o Caxias Shopping. A polícia negou nesta quinta-feira que ele fosse pré-candidato.

Segundo Lages, dois outros casos seriam relacionados a crimes passionais e estariam resolvidos –com os criminosos presos. Ele disse que a imprensa construiu portanto "um quadro irreal" sobre os crimes ocorridos na Baixada.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizam a operação.

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