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Crivella, líder no Rio, atrai nanicos e dissidentes para crescer

Gustavo Serebrenick/Brazil Photo Press/Folhapress)
Marcelo Crivella (PRB), candidato a prefeitura do Rio de Janeiro durante debate promovido pela Rede TV
Marcelo Crivella (PRB), candidato a prefeitura do Rio de Janeiro durante debate promovido pela Rede TV

Líder nas pesquisas de intenção de voto para a disputa na Prefeitura do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) conseguiu atrair candidatos a vereador de cinco partidos coligados a adversários, sendo quatro nanicos e o PSB.

A dissidência seria reforçada nessa quinta-feira (22) com o apoio público do senador Romário (PSB), cujo partido está na chapa de Índio da Costa (PSD). Contudo, o ex-atacante faltou ao primeiro evento com Crivella no qual era esperado. Os dois devem fazer caminhada no sábado (24) na favela do Jacarezinho.

Segundo interlocutores dos dois senadores, Romário não quis dividir o evento no restaurante Frangão Tropical em Campo Grande, zona oeste do Rio, com os candidatos do nanico PSL Ðsigla que oficialmente está coligada a Pedro Paulo (PMDB).

A assessoria do senador do PSB disse que a ausência foi uma decisão da coordenação de campanha de Crivella.

"O Romário me pediu para que no sábado de manhã fizéssemos uma caminhada no Jacarezinho. Vai ser o verdadeiro abalo sísmico, uma coisa tectônica, um tufão. Vai ser um tsunami", afirmou o candidato do PRB.

Romário já negociava havia algum tempo o apoio a Crivella. Por imposição da direção nacional, o PSB-RJ decidiu apoiar Índio. O senador, com isso, se afastou do comando regional do partido.

Confiante, Crivella aproveitou o encontro para fazer o cálculo de quantos votos precisaria para ser eleito no primeiro turno. Ele chegou a dizer que, se confirmadas as intenções de voto, ele necessitaria de mais 180 mil votos.

"Eu pergunto a vocês, quanto é a metade de 3,2 milhões? 1,6 milhão. Na última pesquisa do Ibope que saiu na Rede Globo, tivemos 31%. Ou seja, 1,240 milhão de votos. Para chegar a 1,6 milhão faltam 360 mil. Mas falta tudo isso? Não. Se nós crescermos em 180 mil e os outros perderem 180 mil, dá o número que precisamos", disse.

NANICOS

Crivella também atraiu nanicos insatisfeitos com o espaço obtido no governo Eduardo Paes. Um dele é Tunico de Souza (PSL), que comandou a Coordenadoria Especial da Infância do município até 2014.

Outros candidatos também estão atrás de ajuda na confecção de material de campanha. Um deles é Jorge Turco (PRTB), que, além de material de campanha, disse ter sido ouvido pelo candidato do PRB. "Eu apresentei várias propostas que a prefeitura nem avaliou. Sentei com o Crivella e apresentei minha proposta de ensino de artes marciais nas escolas e ele me ouviu bastante", disse.

Além de PSL e PRTB, candidatos do PEN e PHS anunciaram apoio a Crivella. Todos faziam parte da coligação de Pedro Paulo. "Eles estão confiando no nosso projeto. Não tem oferta de cargo", afirmou Crivella.

Pedro Paulo, candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB), diz que já recebeu apoio de candidatos de outros partidos, mas que não podem se expor. Ele afirma que o grupo dissidente de sua candidatura é uma minoria.
"Já recebi apoio de candidatos do PT, PR e PTN e outros", disse o peemedebista, cuja coligação tem 15 siglas.

Índio da Costa (PSD) também minimizou o apoio de Romário a Crivella. "Não acredito na transferência de voto do Romário", disse.

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