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Barueri pode eleger mesmo prefeito pela 5ª vez

Adriano Vizoni - 29.set.2010/Folhapress
Ao lado de José Serra, Rubens Furlan (PSDB), discursa em 2010
Ao lado de José Serra, Rubens Furlan (PSDB), discursa em 2010

Uma das cidades paulistas mais ricas, Barueri, na Grande São Paulo, tem grande chance de de ser chefiada pela quinta vez pelo mesmo homem.

Rubens Furlan (PSDB), 63, é favorito na disputa, com apoio de 23 partidos. Ele e seu grupo político controlam o município há 34 anos.

Nascido em Sorocaba, Furlan foi vendedor e taxista em Barueri e entrou na política aos 22 anos. Em 1976, foi eleito vereador. Em 1982, prefeito.

Após o primeiro mandato, foi eleito deputado estadual em 1990. Mas, três anos depois, voltou à prefeitura, onde ficou até 1996.

Seu amigo, Gil Arantes, assumiu e governou o município de 1997 a 2004. Ambos estiveram no extinto PFL, que deu origem ao DEM.

Em 2004, no PPS, Furlan venceu o pleito para prefeitura novamente, e foi reeleito em 2008, já no PMDB.

Furlan então virou empresário e declara ter 50% da Rubi Empreendimentos Imobiliários, empresa com capital de R$ 1,8 milhão.

Para a campanha atual, o candidato doou R$ 1,59 milhão do R$ 1,9 milhão arrecadados. Seu rival Saulo Góes (PSOL) arrecadou apenas R$ 3.000

O período de ascensão de Furlan coincidiu com o crescimento da cidade, na esteira da criação do distrito de Alphaville, que concentra mansões, indústrias e sede de grandes empresas.

Barueri tem R$ 2 bilhões de arrecadação anual e PIB de R$ 44 bilhões. A cidade tem hoje 264 mil habitantes.

Apesar da trajetória política, ele se coloca como 'novo'. "Teremos uma nova Barueri, vivendo um novo tempo."

ROMPIMENTO

Em 2010, os aliados Gil Arantes e Furlan romperam.

Em 2012, na disputa contra o candidato 'furlanista', Carlos Zicardi, Arantes foi eleito com 54% dos votos.

Em 2015, Furlan se filiou ao PSDB, com a bênção de José Serra. No mesmo ano, Gil foi afastado do cargo por denúncias de lavagem de dinheiro, retomando o mandato por meio de uma liminar judicial.

Neste ano, Arantes desistiu de disputar a reeleição, alegando problemas de saúde. A aposentadoria lançou um sinal de paz entre os dois.

Órfãos, vereadores que faziam parte da base de Arantes e que criticaram Furlan por três anos migraram em peso para o outro lado.

Os parlamentares até mesmo anularam um processo de rejeição de contas do tucano, o que poderia inviabilizar sua candidatura por conta da Lei da Ficha Limpa.

"O prefeito não vai seguir e pediu para que nós compuséssemos com o Furlan", afirmou o vereador Miguel de Lima (PRP), durante sessão. Gil está recluso, evita qualquer ligação com a eleição.

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