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Justiça diz que Russomanno mentiu e tira do ar propaganda contra Marta

Danilo Verpa - 20.set.16/Folhapress
SAO PAULO - SP - 20.09.2016 - Coloquio da Arquidiocese de Sao Paulo, no Centro Universitario Sao Camilo, que teve a participacao de Fernando Haddad, Marta Suplicy e Celso Russomanno. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER)
O candidato do PRB, Celso Russomanno, durante colóquio da Arquidiocese de São Paulo

A coligação da candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, conseguiu liminar na Justiça Eleitoral para tirar do ar uma propaganda de seu rival Celso Russomanno, na qual a peemedebista é acusada de ter feito "uma montagem rasteira" para denegrir a imagem dele.

Em seu despacho, o juiz Márcio Teixeira Laranjo ressalta que a publicidade afirma que Marta teria sido "punida pela Justiça" pela suposta montagem.

"Entretanto, não há notícia de que esta Comissão de Fiscalização de Propaganda Eleitoral tenha punido as representantes [coligação de Marta] em decorrência de 'montagem rasteira' em propaganda eleitoral, com o fito de atacar o representado [Russomanno]", escreve o juiz.

"Conclui-se, portanto", continua, "que a assertiva contida na propaganda aqui impugnada caracteriza fato sabidamente inverídico".

No comercial que foi suspenso, a campanha de Russomanno afirmava que a campanha de Marta havia sido punida por exibir uma montagem de uma fala dele sobre a reforma trabalhista. A peça da peemedebista exibia o candidato do PRB dizendo que se falasse o que realmente pensava sobre a reforma trabalhista, sua candidatura naufragaria.

De fato este comercial da peemedebista foi tirado do ar, mas não por seu conteúdo. Houve uma falha formal no tamanho das letras que identificavam a coligação autora da peça, segundo informou a campanha de Marta.

Como Russomanno, para rebater a propaganda, atribuiu a suspensão a uma montagem, o juiz considerou que sua campanha usou fato "sabidamente inverídico".

Numa primeira decisão, além de suspender as propagandas, Laranjo havia concedido direito de resposta a Marta, condenando a campanha de Russomanno a exibir a versão da peemedebista o mesmo número de vezes que a publicidade questionada fora divulgada.

Ele, no entanto, decidiu acatar argumento da defesa de Russomanno e abriu prazo para que o candidato do PRB possa se defender, adiando a decisão sobre o direito de resposta, mas mantendo a suspensão da exibição das propagandas contra Marta.

Na reta final da eleição, Marta e Russomanno tendem a acirrar os ataques em debates e propagandas, já que estão tecnicamente empatados na liderança da corrida paulistana e buscam uma vaga no segundo turno. Numericamente, à frente dos dois, está o candidato do PSDB, João Doria.

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