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Candidatos ligados a Cunha têm dificuldades em municípios do Rio

Joel Rodrigues -12.set.2016/Xinhua
(160912) -- BRASILIA, septiembre 12, 2016 (Xinhua) -- Eduardo Cunha pronuncia un discurso durante una sesión en el plenario de la Cámara de Diputados, en Brasilia, Brasil, el 12 de septiembre de 2016. La Cámara de Diputados de Brasil retiró en la noche del lunes el mandato de su expresidente Eduardo Cunha, del Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), por 450 votos a favor, 10 en contra y 9 abstenciones, por quiebra del decoro parlamentario al haber mentido sobre poseer cuentas bancarias en el exterior. (Xinhua/Joel Rodrigues/FRAMEPHOTO/AGENCIA ESTADO) (ae) (da) (vf) ***PROHIBIDO SU USO EN BRASIL***
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Os candidatos a prefeito indicados pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) estão sofrendo para vencer a eleição em seus municípios no Estado do Rio.

O ex-presidente da Câmara tem dois candidatos indicados diretamente por ele nesta eleição: Fábio Silva (PMDB), em Seropédica, e Helil Cardozo (PMDB), que tenta a reeleição em Itaboraí.

Ambos são cobrados pelo apadrinhamento do ex-deputado cassado sob acusação de receber propina pela operação Lava Jato.

Helil por pouco não perde a chance de tentar manter a candidatura. O deputado Altineu Cortes tentou ficar com a vaga após se filiar ao PMDB no fim do ano passado na manobra da direção fluminense da sigla feita para manter Leonardo Picciani na liderança da bancada na Câmara.

Mal avaliado, Helil chegou a ter cogitada a sua substituição no partido.

Mesmo com a máquina a seu favor, o prefeito está abaixo dos 10% das intenções de voto nas pesquisas.

Em 2012, Cunha foi o seu cabo eleitoral. Prometia emendas parlamentares caso o aliado fosse eleito. A cidade vivia a expectativa da conclusão das obras do Comperj.

Foi em Itaboraí que o ex-presidente da Câmara obteve boa parte da votação: 17% dos 232 mil votos que recebeu há dois anos –foi a cidade em que recebeu proporcionalmente maior apoio.

O cenário mudou. Cunha, cassado, não participa mais da campanha. As obras do Comperj pararam após a descoberta dos casos de corrupção pela Lava Jato. Milhares de ex-funcionários dos canteiros estão desempregados. Os salários de servidores e terceirizados estão atrasados.

Helil não recebeu um centavo sequer da direção estadual do PMDB, que privilegiou outras candidaturas.

"Eu nem bato na tecla do Eduardo Cunha porque o Helil já está muito mal nas pesquisas", diz Dr. Sadionel (PMB), favorito na eleição.

O prefeito não respondeu às ligações da reportagem.

O deputado estadual Fábio Silva é outro que não obteve ajuda financeira do PMDB-RJ para sua disputa em Seropédica. Ele é filho de Francisco Silva, ex-deputado que trouxe Cunha para a política.

Silva sofre mais diretamente com ataques pelo vínculo político. Um deles partiu do presidente do PDT, Carlos Lupi, durante comício de Anabal Barbosa (PDT), principal concorrente ao cargo.

"Anabal, não se incomode com gente pequena e rasteira. Essa gente que estava lá em Brasília, puxando o saco do presidente da Câmara, que foi cassado por corrupção, não tem moral para falar do Anabal" afirmou Lupi para o correligionário, ex-prefeito da cidade denunciado por envolvimento na chamada "máfia dos sanguessugas.

Em Barra Mansa, Rodrigo Drable (PMDB) sofre ataques por ter Cunha como padrinho, não político, mas de casamento, em 2007.

De lá para cá, os dois se afastaram politicamente e Drable teve que contar com a indicação de Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ, para manter a candidatura.

Procurado, Cunha não comentou a campanha dos seus indicados. "Não tenho vínculo com nenhuma campanha."

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